Brasil
Notícias

De olho no setor energético brasileiro

Bnamericas Publicado: sexta-feira, 02 dezembro, 2022
De olho no setor energético brasileiro

A BYD Brasil e a Universidade Federal de Santa Catarina estão desenvolvendo o primeiro laboratório com integração fotovoltaica completa do tipo sistema fotovoltaico integrado a edifícios (BIPV).

O laboratório no campus da universidade vai utilizar 360 módulos, entregues no início deste mês, de 450  e 530 W. Este último, com contracapa transparente, será instalado na cobertura, conforme inclinação e posicionamento, para maior geração de energia. Os módulos de 450 W serão utilizados nas fachadas laterais das dependências do laboratório.

Os módulos atuarão como telhas e elementos de sombreamento nas fachadas, ou seja, terão função de vedação e sombreamento além da geração de energia.

Uma das coberturas fotovoltaicas será utilizada como elemento de sombreamento na laje de cobertura do edifício, impactando significativamente os ganhos térmicos pela cobertura.

A expectativa é que o laboratório tenha redução de 61% na carga térmica, geração de 71% de economia no sistema de ar condicionado e redução de 52% na potência instalada de iluminação, em relação às instalações convencionais.

***

O consumo nacional de eletricidade deverá crescer 2,7% em 2023, atingindo 71.735 MWa, considerando o PIB de 0,7%.

Para 2023-27, estima-se crescimento médio anual da carga de 3,4%, atingindo 82.584 MWa ao final do período e PIB médio anual de 2,2%.

A previsão foi produzida pelo Operador Nacional do Sistena Elétrico (ONS), pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

***

O BNDES aprovou uma mudança nas regras do programa de biocombustíveis RenovaBio para incentivar a redução de emissões de CO₂  no setor de combustíveis.

Com orçamento de R$ 2 bilhões (US$ 390 mi), a meta é atrair mais empresas, oferecendo descontos de até 0,4% nas taxas de juros para clientes que apresentarem melhorias nos indicadores ambientais.

O programa também visa fortalecer a descarbonização da matriz de combustíveis.

Em seu novo formato, o BNDES RenovaBio estipula metas de redução de emissões de carbono de acordo com o atual estágio de eficiência energético-ambiental de cada cliente.

Para os considerados mais eficientes, a meta exigida será reduzida para 2%. Por outro lado, os clientes que ainda precisam melhorar os padrões de emissão terão suas metas elevadas para 10%.

Para as demais empresas, o percentual de redução ficará em 5%.

Além disso, haverá redução da taxa de juros inicial, formada pelo índice TLP ou por referenciais de custo de mercado, taxa de risco de crédito, acrescida da remuneração básica do BNDES, que passará de 1,5% para 1,3% ao ano.

Caso o cliente comprove, após o período de carência, ter atingido as metas de redução de CO₂ definidas pelo programa, a taxa de juros inicial será reduzida.

***

A siderúrgica Gerdau fechou parceria com a Newave Capital (NW Capital), gestora de investimentos brasileira focada no setor de energia, para aquisição de participação acionária na plataforma de geração de energia renovável Newave Energia.

A nova divisão da Gerdau, Gerdau Next, terá 33,33% e a NW Capital 66,67%.

O negócio inclui a aquisição de energia de longo prazo pela Gerdau e suas controladas, correspondente a até 30% da energia gerada pelos empreendimentos de geração de energia detidos direta ou indiretamente pela Newave Energia e suas controladas, em regime de autoprodução.

A operação visa gerar custos de produção de aço mais competitivos, além de abastecer as unidades industriais da Gerdau com energia renovável, como parte de seu compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

A Newave Energia foi criada com o objetivo de desenvolver projetos greenfield de geração de energia com capacidade em torno de 2,5GW, exclusivamente a partir de fontes solares ou eólicas, com previsão de entrada em operação em 2025 e 2026, bem como de investir em projetos brownfield e trading de eletricidade, seja na modalidade de transações de varejo, direcional e/ou pré-pagamento.

A Gerdau Next investirá até R$ 1,5 bilhão na Newave Energia, em duas etapas. Na primeira fase, a empresa investirá R$ 500 milhões ao longo de 2023, enquanto a segunda fase contempla investimentos de até R$ 1 bilhão, condicionados ao cumprimento de determinadas metas de desempenho.

O investimento feito pela NW Capital, em conjunto com a XP Investimentos, será de R$ 1 bilhão em 2023 e, em uma segunda fase, de até R$ 2 bilhões a serem subscritos pelos investidores de acordo com as captações de mercado.

A formalização da operação está sujeita às condições precedentes usuais em operações desta natureza, incluindo a aprovação pelas autoridades da concorrência.

***

A Petrobras encerrou o processo competitivo para a venda da Usina Termelétrica de Canoas (UTE Canoas).

Em nota, a empresa informou que não foi possível obter condições comerciais adequadas para a transação e que avaliará os próximos passos em relação ao desinvestimento.

Localizada no município de Canoas, a UTE Canoas pode operar com gás natural ou óleo diesel, com capacidade instalada de 249 MW.

***

A Lupatech fechou três contratos com a Petrobras para o fornecimento de Válvulas Globe.

Os acordos preveem a possibilidade de aquisição de até R$ 21,5 milhões em equipamentos por dois anos, renováveis por até dois anos mediante acordo entre as partes.

***

A ANP e a 3R Areia Branca, do grupo 3R Petroleum, assinaram contratos de concessão para exploração e produção de petróleo e gás natural dos blocos POT-T-326, POT-T-353, POT-T-437, POT-T- 524, POT-T-525 e POT-T-568, na Bacia Potiguar.

Os contratos são válidos por 5 anos para a fase de exploração e 27 anos para a fase de produção.

Os blocos foram adquiridos em abril passado, na terceira rodada aberta da ANP.

Tenha acesso à plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina com ferramentas pensadas para fornecedores, contratistas, operadores, e para os setores governo, jurídico e financeiro.

Assine a plataforma de inteligência de negócios mais confiável da América Latina.