De olho nos setores de infraestrutura e água do Cone Sul

BOLÍVIA

As duas primeiras linhas do serviço de veículo leve sobre trilhos de Cochabamba começarão a operar em setembro, embora conflitos entre autoridades federais e locais estejam dificultando o desenvolvimento da terceira linha.

A linha mais curta, chamada de linha vermelha, percorre 5,5 km entre a estação San Antonio e a faculdade de agronomia da Universidad Mayor de San Simón. O trecho exigiu investimento de 256 milhões de bolivianos (US$ 37 milhões), segundo informações do Ministério de Obras Públicas.

A segunda linha, verde, percorre 27,3 km entre o município de Sipe Sipe e a estação San Antonio e custou cerca de 937 milhões de bolivianos (US$ 136 milhões).

No entanto, apesar de um acordo entre os governos federal e municipal sobre o desenho da linha amarela, de 7,7 km, o ministro das Obras Públicas, Édgar Montaño, afirmou que os trabalhadores municipais estão “agredindo” os funcionários da construção.

ARGENTINA

O governo da província de Mendoza começará a pagar as empresas que realizam obras públicas a cada 30 dias, em vez de 60 dias, para apoiar as construtoras afetadas pelo aumento dos preços dos suprimentos.

“Estamos sendo forçados a ter práticas financeiras mais rápidas”, disse o ministro provincial de Infraestrutura, Mario Isgró, ao jornal El Sol. Apesar da declaração, executivos de construção locais afirmaram ao mesmo veículo que o novo cronograma de pagamento ainda não começou.

De acordo com a associação local de fornecedores de materiais de construção Red Edificar, a inflação acumulada este ano para materiais de construção atingiu 47,7% até agora, e existe um risco real de que possa chegar a 80% até o final do ano.

CHILE

O governo vai transferir 65 bilhões de pesos (US$ 71 milhões) para 627 projetos de obras públicas em 226 municípios com o objetivo de melhorar a infraestrutura dos bairros.

O sistema hidráulico será o foco da maior parte dos recursos, com 16,3 bilhões de pesos, seguido por obras de iluminação avaliadas em cerca de 11,1 bilhões de pesos, informou o governo em um comunicado.

Em termos de localização, a região de Araucanía, no sul do país, receberá o maior investimento, com 11,7 bilhões de pesos, enquanto a região metropolitana receberá aproximadamente 11 bilhões de pesos.