
Dell busca novos contratos de supercomputação na América Latina

A Dell Technologies está buscando aumentar os contratos para projetos de infraestrutura de TI com computação de alto desempenho (HPC, também conhecida como supercomputação) na América Latina.
A HPC está crescendo na região e a empresa está focada em garantir novos – e mais robustos – contratos com grandes indústrias, como os setores de óleo e gás e estatais, enquanto dobra a prospecção de empresas de médio porte nos setores de varejo e financeiro, conforme afirmou à BNamericas Raymundo Peixoto, vice-presidente latino-americano de soluções de datacenter da Dell.
“A gente tem uma visão mais tradicional de HPC para o meio acadêmico, institutos de pesquisa. Continuamos trabalhando com eles. Mas ao mesmo tempo estamos trazendo cada vez mais projetos para a indústria real. Nós estamos empacotando e vendendo essas soluções paralelas, de processamento de alta capacidade, para outras empresas”, disse Peixoto durante o Dell Technologies Forum, em São Paulo.
Os supercomputadores são máquinas com velocidades de processamento e capacidade de memória milhares de vezes maiores que os computadores tradicionais. A capacidade de um pode ser maior que a de 20 milhões de smartphones ou 530 mil PCs domésticos.
Eles são usados para processamento paralelo e tarefas extensas e intensivas, que exijam cálculos na ordem dos quatrilhões por segundo.
Geralmente, os supercomputadores são empregados para pesquisas científicas em áreas que lidam com grandes volumes de dados, como medicina, meteorologia, geologia, geofísica, física e indústria de petróleo e gás.
Segundo Peixoto, a Dell Technologies tem “algumas dezenas” de projetos relacionados à supercomputação na América Latina em desenvolvimento no Brasil, México e Chile – nestes dois últimos com aplicações voltadas principalmente para usos científicos.
Entre as maiores indústrias, um novo contrato é com a Petrobras, disse Marcelo Carreras, CIO da estatal, no evento em São Paulo. A gigante norte-americana de TI venceu uma licitação para fornecer equipamentos de supercomputação para a empresa.
A Petrobras possui uma estrutura de HPC que desempenha um papel central na estratégia de negócios da empresa. Atualmente possui quatro supercomputadores ativos: Pégaso, Fênix, Atlas e Dragão. Combinadas, as quatro máquinas oferecem uma capacidade de processamento estimada de mais de 80 petaflops.
Todas as máquinas foram montadas e entregues pela empresa francesa de informática Atos, na maioria das vezes com equipamentos fabricados pela Positivo Servers & Solutions, unidade de infra de TI da fabricante brasileira de eletrônicos Positivo.
“A computação de alto desempenho nos ajuda a processar uma massa extensa de informações geológicas, geofísicas e de superfície que nos ajuda a descobrir novas áreas de exploração sem que precisemos realizar perfurações”, explicou Carreras em sua apresentação.
“Nós temos um propósito claro com a tecnologia, que é impulsioná-la e torná-la simples dentro da companhia”, disse o CIO. “A nossa estratégia é toda baseada em multicloud e nuvem híbrida, com vários parceiros nos ajudando com a adoção soluções de infraestrutura como serviço, plataforma como serviço e infraestrutura de conectividade.”
REDES PRIVADAS
A Dell também busca obter ganhos em redes sem fio privadas e computação de borda por meio de seus equipamentos de gateway.
“Estamos rodando vários pilotos, com mais de uma indústria. É um mercado novo. Um mercado que estava limitado por uma falta de capacidade de processamento e pela falta de uma rede privada de fato confiável. Flexível, mas confiável”, disse Peixoto. “Isso muda agora com o 5G”
Ainda segundo Peixoto, a empresa está desenvolvendo projetos privados e de borda em parceria com integradores e empresas de software e aplicativos, além de operadoras de telecomunicações com licenças para 5G, para o “chão de fábrica”.
Os pilotos estão em andamento na América Latina, mas a maioria dos projetos está concentrada no Brasil, dado o “tamanho e maturidade tecnológica do parque industrial brasileiro”.
Peixoto não quis revelar os nomes dos clientes ou parceiros, mas afirmou que a Dell pretende tornar público em breve um dos casos.
DATACENTERS
No segmento de datacenters de forma mais ampla, a empresa teve um aumento na demanda para a modernização de datacenters e parques de armazenamento, depois que muitos desses investimentos foram suspensos por empresas durante a pandemia, de acordo com Peixoto.
“Há uma demanda interessante por modernização. E é uma demanda que exige uma venda personalizada. Muitas vendas que estamos realizando são no modelo 'como serviço'”, disse o executivo.
O produto como serviço da Dell é a solução Apex, atualmente disponível no Brasil, México, Colômbia e Chile.
Por meio dele, a empresa oferece software, serviço e hardware sob demanda, com base no uso dos clientes, replicando o modelo de computação em nuvem. No Brasil, exemplos de clientes são a financeira XP e a siderúrgica Gerdau.
MERCADO
No geral, a empresa cresceu “sustentavelmente” apesar dos desafios macroeconômicos, como pressão cambial, altas taxas de juros e inflação, além de problemas com o fornecimento de componentes, disse o gerente nacional do Brasil, Diego Puerta.
Como outras, a empresa também viu uma desaceleração nas vendas de computadores pessoais após um boom durante os primeiros anos da pandemia.
“Olhando para trás, tivemos quatro trimestres muito bons, muito significativos para nós, não só no Brasil, mas globalmente”, disse Puerta em entrevista coletiva.
A Dell também vem ampliando gradativamente a capacidade de produção de sua fábrica em Hortolândia, embora não haja planos para novas fábricas. Puerta também vê a crise de componentes continuando ao longo de 2023.
Cerca de 95% do que a planta produz é vendido no Brasil. A fabricação da empresa também é baseada em um modelo sob demanda (built-to-order), o que, segundo o executivo, confere à Dell uma vantagem competitiva.
Puerta explicou que a Dell tem uma participação de mercado de mais de 60% no segmento combinado de servidores, armazenamento e hiperconvergência. Cerca de metade das vendas da Dell são feitas diretamente e metade por meio de parceiros e canais.
“A Dell é líder em todas as linhas de mercado. Não há como um concorrente ter uma operação de fabricação maior do que a nossa”, concluiu.
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