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IHS reduz perspectiva de construção de torres na América Latina mais uma vez

Bnamericas Publicado: terça-feira, 15 novembro, 2022
IHS reduz perspectiva de construção de torres na América Latina mais uma vez

A IHS Towers revisou novamente para baixo suas perspectivas de construção de torres de telecomunicações para o ano, inclusive na América Latina, após um esfriamento na demanda por novos sites.

Agora, a empresa com sede em Londres, que afirma ser a terceira maior do mundo em número de torres, espera terminar 2022 com 300 novos sites na América Latina, de acordo com seus resultados financeiros. O número caiu de 400 novos sites na perspectiva anterior.

Na América Latina, a IHS opera no Brasil, Colômbia e Peru, mas todos os novos sites da região estão previstos para o Brasil.

A previsão revisada do formato built-to-suit (BTS) foi novamente atribuída ao “momento e às condições gerais do mercado”, de acordo com a empresa em seu relatório de ganhos do terceiro trimestre. O termo BTS refere-se a sites desenvolvidos sob demanda, de acordo com as necessidades específicas do cliente.

No mundo, a IHS planeja construir 1.350 sites em 2022, abaixo dos 1.750 do guidance anterior. Do total, a expectativa é que 650 sejam implantados na Nigéria, seu maior mercado global, uma queda em relação à previsão anterior de 950.

“A maior parte dessa redução vem de áreas rurais na Nigéria, que têm muito pouco impacto financeiro para nós”, disse o CFO Steve Howden a investidores em uma teleconferência de resultados.

A empresa continua vendo uma demanda por atividades de leasing, colocation e alterações contratuais.

“Enquanto aguardamos o próximo ano, vemos um esfriamento geral dos requisitos de BTS em relação ao que víamos no início do ano. Mas certamente o formato ainda será um componente do nosso crescimento no ano que vem. Ainda queremos injetar capital no BTS. O retorno ainda faz sentido”, apontou Howden.

Renato Pasquini, analista sênior da América Latina e CEO da consultoria Frost & Sullivan no Brasil, acredita que o mercado de infraestrutura de telecomunicações continuará muito ativo em 2023.

“Esperamos que os players desse mercado continuem ampliando seus investimentos, em diversos ativos de infraestrutura, inclusive para dar conta de toda a infraestrutura necessária para essa realidade de 5G e computação de borda, com as torreiras avançando em datacenters e fibra”, disse Pasquini à BNamericas.

Apesar da revisão das perspectivas da IHS, a América Latina continua sendo o mercado que mais cresce para a empresa.

A IHS registrou receita global de US$ 521 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 30,2% no comparativo anual, com a América Latina contribuindo com US$ 42,1 milhões, alta de 182% em comparação com o mesmo trimestre de 2021.

O grupo investiu mais de US$ 1,3 bilhão em suas operações na América Latina nos últimos dois anos.

Apesar do crescimento da receita, a empresa registrou um prejuízo de US$ 52,5 milhões no terceiro trimestre, número maior que o prejuízo de US$ 30,4 milhões do mesmo período de 2021. No acumulado do ano até setembro, o prejuízo foi de US$ 215 milhões, comparado com um lucro de US$ 46,1 milhões no mesmo período de 2021.

De acordo com a IHS, isso se deveu a aumentos nas perdas cambiais não realizadas e no custo das vendas, incluindo custos mais altos de diesel e despesas administrativas.

AQUISIÇÕES E PORTFÓLIO

Na América Latina, a maior parte do aumento de receita foi relacionada a aquisições, e não a construções orgânicas, principalmente a compra da GTS SP5 do Brasil, fechada no início do ano.

A IHS vê o mercado como mais barato para os compradores.

“Em relação a fusões e aquisições, não podemos comentar sobre processos ou transações de clientes, mas vimos uma ‘suavização’ dos valuations recentemente”, destacou o CEO Sam Darwish quando questionado sobre a estratégia de fusões e aquisições.

“Continuamos em busca de oportunidades, mas estamos muito seletivos no momento. Veremos como o futuro evolui.”

Durante a teleconferência, Darwish disse que a empresa estava satisfeita com sua presença geográfica atual, mas que avaliou novas oportunidades nos mercados atuais e novos, citando um “número robusto de processos de fusões e aquisições no mercado para o objetivo de diversificar ainda mais o fluxo de receita” da empresa.

A IHS também atribuiu o desempenho do terceiro trimestre na América Latina à receita proveniente da joint venture de fibra com a TIM Brasil, conhecida como I-Systems.

Conforme relatado pela BNamericas, a IHS Towers está considerando ativamente replicar o modelo de rede de fibra neutra desenvolvido no Brasil com a TIM na Colômbia e no Peru.

TORRES

No geral, a América Latina representava 7.195 dos 39.397 sites ativos da IHS, ou 18,2% do portfólio total, no final de setembro.

O Brasil, segundo maior mercado da IHS depois da Nigéria, liderou com 6.915 torres, de 4.525 no ano anterior.

A Colômbia e o Peru tinham 228 e 52 sites, número estável e com a adição de uma torre, respectivamente.

Segundo a IHS, os locatários da América Latina (clientes por torre) cresceram 3.825 no ano, incluindo 276 de novos sites e 2.998 da aquisição da GTS SP5.

O grupo afirma ser a terceira maior empresa de torres multinacional independente do mundo, atrás da American Tower (221.132 sites) e Cellnex (aproximadamente 138.000), e quase empatada com a SBA Communications (39.185), de acordo com um gráfico fornecido pela IHS.

Em 30 de setembro, no entanto, a SBA informou que possuía ou operava 36.519 sites em 16 mercados. A American Tower, por sua vez, relata ter 223.000 sites globais ativos.

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