Produção global em águas profundas aumentará 60% até 2030

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Comunicado da Wood Mackenzie

LONDRES/HOUSTON/SINGAPURA , 29 de novembro de 2022 – A produção global em águas profundas aumentará 60% até 2030, atingindo 17 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), de acordo com um novo relatório da Wood Mackenzie, uma empresa da Verisk.

O relatório da Wood Mackenzie 'Global deepwater 2022 state of the industry', destaca a expansão do setor de 6% do suprimento de petróleo e gás upstream hoje para 8% até o final da década.

“Águas profundas é o tema de recursos de petróleo e gás que mais cresce”, disse Marcelo de Assis, diretor de pesquisa upstream da Wood Mackenzie. “Brasil, Guiana e Moçambique são os principais impulsionadores do crescimento. Os desenvolvimentos também estão ficando mais profundos; a produção em profundidades de mais de 1.500 metros ultrapassará a da faixa entre 400 a 1.500 metros até 2024.”

Crescimento da produção de petróleo e gás em águas profundas por profundidade da água

Fonte: Wood Mackenzie Lens Upstream

A análise de Wood Mackenzie mostra que as regiões tradicionais de crescimento, como as regiões norte-americanas do Golfo do México e Angola, carecem de grandes novas descobertas comerciais.

De Assis acrescentou: “A previsão para bacias de águas profundas maduras permanece incerta. Poderíamos ver o desempenho da produção começar a atingir o pico e, em seguida, estabilizar após 2030 sem um renascimento de exploração e investimento”.

“No entanto, as características das águas profundas tornam-no um campo de caça atraente para quem procura recursos vantajosos. A economia em águas profundas e as métricas de intensidade de emissões estão entre as melhores do setor. As empresas focadas nos projetos mais resilientes e na descarbonização continuarão a considerar o setor como central para seus modelos de negócios upstream”, disse de Assis.

A indústria enfrenta outros desafios à medida que amadurece. A inflação de custos atingiu primeiro os hotspots globais, mas as restrições na cadeia global de abastecimento em águas profundas aumentarão os prazos de entrega e os custos unitários em toda a linha. Os ganhos de eficiência duramente conquistados durante as recessões anteriores começarão a se reverter.

Manter o headroom de crescimento, econômico e de emissões é um desafio assumido por um número crescente de países e operadoras. Há cinco vezes mais operadoras e países com setores ativos em águas profundas do que na década de 2020.

No entanto em relação ao petróleo e gás convencionais, as águas profundas continuam sendo um nicho. Refletindo sobre as mudanças das últimas décadas e os desafios dos próximos anos, de Assis concluiu, “o futuro do setor de águas profundas permanece nas mãos das Majors e da Petrobras no futuro próximo”.

Intensidade de emissões por tema de recurso 2022-2032

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