Raio-x: 3 operações argentinas de lítio que começarão em 2023

Três projetos na Argentina, com capex total de US$ 1,39 bilhão, adicionarão 75.000 t/ano de carbonato de lítio à produção do país a partir do final de 2023.

Até o final desta década, o lítio argentino poderá cobrir cerca de 20% da demanda global, informou no início do mês o Banco Mundial, em um comunicado sobre como a ação climática pode ser uma aliada para o crescimento econômico do país. A Secretaria de Mineração estima que a produção de lítio, em especial para baterias de veículos elétricos, chegue a 230.000 t/ano até 2030.

A demanda por esses tipos de veículos aumentará 43% este ano em relação ao ano anterior. Eles representarão 13% do mercado global e 21% até 2025, segundo uma apresentação da mineradora australiana Allkem divulgada na última segunda-feira (28).

A BNamericas analisa três projetos e seu capex na Argentina.

Sal de Vida: US$ 271 milhões

A fase 1 do projeto da Allkem deve entrar em produção no segundo semestre de 2023. Sal de Vida está localizada no salar Hombre Muerto, na província de Catamarca, e acrescentaria 15.000 t/ano.

Cauchari-Olaroz: US$ 741 milhões

O início deste projeto está previsto para junho de 2023 na província de Jujuy. Ele pertence à empresa argentina Minera Exar, uma joint venture entre a canadense Lithium Americas, a chinesa Ganfeng Lithium e a provincial Jemse. A produção chegaria a 40.000 t/ano.

Tres Quebradas: US$ 380 milhões

Este projeto seria adicionado à província de Catamarca no final de 2023. Nas mãos da empresa chinesa Zijin Mining e da operadora local Liex, produziria 20.000 t/ano.