TIM e Bradesco BBI estendem período de prospecção e reduzem preço de antenas da Oi

A operadora brasileira de telecomunicações TIM e o Bradesco BBI, assessor financeiro contratado por ela para prospectar o mercado para a venda das antenas da Oi, estão lutando para encontrar compradores para os equipamentos.

Por conta disso, a telco está prorrogando o período de prospecção e oferecendo um grande corte no preço das estações rádio-base (ERBs, incluem antenas e equipamentos correlatos fixados nas torres).

Em nota enviada ao Cade, “a TIM informa que divulgou em seu site, nesta data, a prorrogação da oferta pública para alienação de até 50% das ERBs adquiridas do Grupo Oi, que permanecerá vigente por 2 (dois) meses”.

O novo prazo para a oferta é 4 de março.

A TIM também atualizou seus termos de venda das estações rádio-base que herdou quando adquiriu parte dos ativos da Oi Móvel. A operadora passa a oferecer 75% de desconto na compra de qualquer quantidade de ERBs móveis e em qualquer tecnologia.

A operadora está vendendo 3.514 antenas 2G, 2.649 antenas 3G, 1.712 antenas 4G e até 185 antenas compatíveis com 5G.

De acordo com os documentos da TIM, os preços das antenas são os seguintes.

As estações estão sendo ofertadas de R$ 26 mil (US$ 5 mil) cada, como as de 2G, a até R$ 322 mil, no caso de antenas multibanda que podem transmitir sinais de 2G, 3G, 4G e 5G.

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As unidades são redundantes ou obsoletas para a rede atual da TIM Brasil.

A maioria das antenas foi fabricada pela Huawei, mas também existem unidades feitas pela Nokia e Ericsson.

O Bradesco BBI procurou possíveis compradores para avaliar o interesse e iniciar as negociações. Diversas empresas foram contatadas diretamente, mas parece que houve pouco avanço.

“Tivemos um interessado nos sites até agora. Não no ativo da rede, mas no próprio equipamento. É uma empresa de equipamentos usados. Estamos tratando do contrato para ver se podemos avançar para as negociações”, disse o CTIO da TIM, Leonardo Capdeville, em uma entrevista coletiva em novembro.

DESATIVAÇÃO DE SITES

O processo está relacionado à venda do negócio móvel da Oi para a Claro, a TIM e a Telefônica Brasil, operação de R$ 16,5 bilhões.

A TIM recebeu 7.200 sites móveis da Oi.

Como parte das condições exigidas para a aprovação da aquisição da Oi, o Cade determinou que cerca de 50% dos sites adquiridos deveriam ser disponibilizados ao mercado por até seis meses a partir do fechamento do negócio com a Oi, prazo que pode ser renovado por mais dois meses.

Se nenhuma parte manifestar interesse, os sites podem ser desativados pelos compradores. O primeiro prazo de seis meses acaba de expirar.

Devido a sobreposições e à tecnologia ultrapassada, a TIM planeja desativar cerca de 60% do total que recebeu da Oi, ou 4.700, mantendo aproximadamente 2.500.

A Claro também está com uma oferta pública para vender parte das antenas herdadas da aquisição da Oi.

A telco está oferecendo cerca de 1.950 antenas, avaliadas em R$ 110 milhões, o que corresponde a 42% do valor total recebido. A empresa ainda não fez nenhuma declaração pública sobre o interesse dos compradores.