Aos poucos, petroleiras avançam com renováveis no Brasil
Grandes petroleiras estão avançando com projetos de geração de energia renovável no Brasil, ainda que em ritmo aquém do inicialmente esperado.
A lentidão reflete fatores geopolíticos e o contexto doméstico. Globalmente, a guerra na Ucrânia reforçou a preocupação com segurança energética, levando países a retomarem investimentos em combustíveis fósseis e retardarem a transição energética. No Brasil, o excesso de projetos eólicos e solares e o aumento do curtailment também afetam o ritmo de expansão.
No início deste mês, a Petrobras assinou contrato para a construção de uma usina solar fotovoltaica na RNEST (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco. A planta, que será construída pela Brafer Solar, terá capacidade de 12MW.
A estatal planeja instalar 55,5MW de potência solar fotovoltaica em suas refinarias. Além da RNEST, devem receber usinas renováveis as refinarias de Paulínia (Replan) e Henrique Lage (Revap), em São Paulo, e Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais.
Segundo a Petrobras, a integração de sistemas fotovoltaicos às estruturas de geração elétrica das refinarias pode aumentar a confiabilidade operacional e reduzir o consumo de gás natural, além das emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O novo plano de negócios da companhia prevê investimentos de US$1,8 bilhões para 1,7GW em projetos eólicos e solares entre 2026 e 2030, ante os US$4,3 bilhões previstos no plano 2025-29.
“Nós reduzimos o investimento porque, hoje, nós estamos com excesso de energia renovável no mercado, haja vista o curtailment”, explicou a diretora de transição energética e sustentabilidade da estatal, Angélica Laureano, durante coletiva de imprensa no final de novembro.
Na terça-feira (9 de dezembro), Laureano disse que a Petrobras busca parceiros para disputar o primeiro leilão de baterias do país, previsto para o próximo ano.
“Entendemos que o armazenamento de energia tem grande relevância para estabilizar a rede elétrica brasileira”, afirmou durante evento da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), no Rio de Janeiro.
No segunda-feira (8 de dezembro), a Equinor e sua subsidiária Rio Energy iniciaram a produção comercial no complexo Serra da Babilônia Solar, na Bahia. O ativo, adjacente ao complexo eólico Serra da Babilônia, é o primeiro projeto híbrido do portfólio da empresa norueguesa no Brasil, com 140MW de capacidade solar e 223MW de capacidade eólica.
“Projetos híbridos que integram de forma eficiente as tecnologias solar e eólica contribuem para um fornecimento de energia estável e confiável, ao mesmo tempo em que aumentam a criação de valor. Esses projetos, assim como a integração de tecnologias, serão fundamentais para o desenvolvimento de um negócio de energia competitivo”, disse Helge Haugane, vice-presidente executivo da área de Power da Equinor, em nota.
O portfólio renovável da Equinor em operação comercial no Brasil totaliza cerca de 600MW. A empresa detém integralmente o complexo eólico onshore Serra da Babilônia 1 (223MW) e o complexo solar Serra da Babilônia (140MW). Também é parceira no Complexo Solar Apodi (162MW), no Ceará, e no Complexo Solar Mendubim (531MW), no Rio Grande do Norte, ambos operados pela Scatec, com participação da Equinor de 43,5% e 30%, respectivamente.
A Rio Energy desenvolve um pipeline de 1,5GW em oportunidades solares e eólicas onshore. A Danske Commodities, empresa de trading controlada pela Equinor, apoia a estratégia de construção de um portfólio voltado à geração de valor no país.
“Esperamos poder fornecer energia a partir de diversas fontes no Brasil por muitas décadas”, disse a presidente da Equinor no país, Verônica Coelho, no evento da PPSA.
A francesa TotalEnergies mantém uma carteira de 10GW em projetos eólicos, solares e híbridos no Brasil – dos quais 4,6GW já estão em operação – por meio de joint venture com a Casa dos Ventos, com planos de atingir 12GW.
“O objetivo é combinar a geração de energia renovável com ativos flexíveis, como energia hidrelétrica ou armazenamento em baterias, especialmente à medida que os leilões futuros tornarem isso mais viável”, disse à BNamericas o diretor-geral da empresa no país, Olivier Bahabanian, em entrevista publicada em novembro.
Em movimento contrário, a Shell decidiu, em março deste ano, descontinuar projetos de geração centralizada de energia solar e eólica em terra no Brasil devido a um “ajuste de portfólio” motivado pelo cenário de excesso de oferta renovável. A decisão também reflete a estratégia global da petroleira, que vem reduzindo operações em eólica offshore, solar e hidrogênio.
“Neste momento, a nossa estratégia está concentrada no negócio de exploração e produção [de óleo e gás], biocombustíveis, em soluções baseadas na natureza e em nossa comercializadora de energia em São Paulo”, afirmou o presidente da Shell Brasil, Cristino Pinto, também no evento da PPSA.
Eólica offshore
Petrobras, Equinor, TotalEnergies e Shell apresentaram ao Ibama projetos de geração eólica offshore nos últimos anos. Entretanto, avanços regulatórios são necessários para que os empreendimentos saiam do papel, incluindo a definição das regras de cessão de áreas para aproveitamento dos ventos no mar. A expectativa é que o tema volte a ser discutido em 2026.
(A versão original deste conteúdo foi redigida em português)
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