
Destaque: os primeiros sinais sobre o novo governo do Brasil

O gabinete de transição está trabalhando há uma semana após a eleição e os analistas estão atentos a quaisquer indicações de qual será a direção do novo governo e quem preencherá os principais cargos sob a liderança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula tem o direito de nomear um total de 50 pessoas para trabalhar em um gabinete de transição enquanto a equipe faz os preparativos para o início oficial de seu governo, em 1º de janeiro.
Neste período, o presidente escolhe especialistas em diversas áreas para conhecer melhor a situação real da administração federal e é comum se especular sobre quais dessas pessoas poderão ser nomeadas como ministros.
“Esta equipe [de transição] coleta dados para conhecer efetivamente o estado do país, principalmente se considerarmos que o atual governo tem administrado com algum sigilo e não divulgou todos os dados com tanta transparência”, disse à BNamericas Carlos Melo, professor de Ciência Política no Insper.
“Esta tarefa é muito importante porque o novo governo não pode esperar até 1º de janeiro para começar a administrar o país, caso contrário haveria um lapso de governo”, acrescentou.
“Há nomes muito importantes que dominam certas áreas, como Pérsio Arida e André Lara Resende, que estão na área econômica na equipe de transição e que podem se tornar ministros da Economia, pois ambos têm conhecimentos relevantes”, explicou Melo.
O nome do chefe do Ministério da Economia é aguardado com ansiedade pelos investidores, pois dará sinais claros sobre os rumos da nova administração e qual será a postura em relação às finanças públicas.
Arida e Resende são economistas muito respeitados pelos agentes do mercado financeiro, pois trabalharam na criação do Plano Real na década de 1990, que foi o programa econômico usado para controlar a espiral inflacionária do Brasil na época e que estabilizou com sucesso a economia brasileira.
A equipe também inclui Guilherme Mello e Nelson Barbosa, ambos com fortes ligações com o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula, sugerindo que o Estado terá um papel maior na economia. Também houve especulações recentes de que Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e também petista, também estaria sendo considerado por Lula para chefiar o Ministério da Economia.
LAÇOS POLÍTICOS
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin está coordenando a equipe de transição, enquanto Lula vem trabalhando em alianças políticas para facilitar seu governo, realizando uma importante reunião com os líderes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
Enquanto Pacheco é considerado um político neutro, Lira era um aliado próximo do presidente Jair Bolsonaro, então fica claro que Lula está tentando negociar termos para facilitar a governabilidade.
“Não é papel do presidente interferir no funcionamento da Câmara ou do Senado. Somos poderes autônomos. Eles não interferem no nosso trabalho, nem nós no deles, e assim a sociedade viverá de forma pacífica, democrática e é assim que as coisas vão acontecer”, disse Lula em entrevista coletiva após o encontro com Lira e Pacheco.
GASTOS SOCIAIS
Uma das tarefas mais urgentes da equipe de transição é a busca de recursos no orçamento para implementar os programas sociais prometidos durante a campanha presidencial.
Nas próximas semanas, os parlamentares petistas devem apresentar uma proposta de emenda constitucional para isentar alguns gastos sociais do teto de gastos, já que as regras atuais vinculam aumentos orçamentários à inflação.
ASSUNTOS INTERNACIONAIS
No governo Lula, espera-se que o Brasil trabalhe para melhorar algumas de suas relações internacionais, principalmente com seus principais parceiros comerciais, China e EUA.
Alckmin disse nesta semana, durante a conferência anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), que espera “contribuir o máximo possível para o fortalecimento das relações entre Brasil e China sob a nova administração”, segundo comunicado do CEBC.
Durante a presidência de Bolsonaro, o governo provocou várias tensões com os líderes chineses, especialmente quando ele tentava estreitar os laços com o governo dos EUA de Donald Trump. No entanto, uma vez que Trump foi derrotado por Joe Biden, a relação com os EUA esfriou significativamente.
Embora as relações com a China provavelmente melhorem com Lula, observadores acreditam que o Brasil assumirá uma posição relativamente pragmática e também buscará construir um melhor relacionamento com os EUA.
“O Brasil tenderá a assumir uma postura neutra em relação à China e aos EUA, não tomando partido na disputa global que esses dois países têm, o que também é uma boa alternativa”, opinou Luciano Rostagno, chefe-estrategista para a América Latina do Banco Mizuho, durante o webinar da BNamericas What’s next for Brazil, que pode ser acessado neste link.
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