
Petrobras prepara campanha de perfuração na margem equatorial

A Petrobras está perto de iniciar uma campanha de perfuração na margem equatorial, a primeira depois de mais de uma década de foco em ativos de exploração do pré-sal, na costa sudeste do Brasil.
Localizada no Norte do país, a margem equatorial é considerada uma área altamente prospectiva devido às suas semelhanças geológicas com as bacias da Guiana e do Suriname e com a costa oeste da África.
O atual plano de negócios da petroleira federal prevê investimentos de US$ 2 bilhões na área até 2026, com a perfuração de 14 poços.
O primeiro poço a ser perfurado fica no bloco FZA-M-59 (prospecto Morpho), na bacia da Foz do Amazonas, em lâmina d’água de aproximadamente 2.880 m e a cerca de 175 km da costa do estado do Amapá.
“A estimativa da Petrobras é de que, após a realização da avaliação pré-operacional (APO), prevista para dezembro de 2022, e aprovação desta pelo Ibama, a licença operacional ambiental seja emitida ainda este ano e a perfuração do poço exploratório se inicie logo na sequência”, informou um assessor de imprensa da empresa à BNamericas.
A gigante estatal do petróleo mobilizou uma plataforma de perfuração, três helicópteros, um avião e cinco barcos de apoio offshore para a operação.
Enquanto isso, a Petrobras aguarda a aprovação do Ibama para perfurar a bacia do Pará-Maranhão, que também faz parte da margem equatorial, ao lado das bacias de Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
Nos últimos anos, petroleiras internacionais – como TotalEnergies, BP Energy, Harbour Energy e Wintershall – se desfizeram total ou parcialmente de suas operações na região devido a desafios ambientais e tecnológicos, principalmente na Foz do Amazonas, onde as correntes são muito fortes e qualquer vazamento pode chegar aos países vizinhos.
“A Petrobras é a empresa mais capacitada para explorar a região, porque tem grande expertise em águas profundas e ultraprofundas”, disse à BNamericas Bruno Terribas, diretor da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
Ele defende que a renda da produção de petróleo na margem equatorial seja usada para investir em tecnologias de transição energética e em pesquisas de universidades locais para subsidiar, por exemplo, a localização de poços considerando a sensibilidade ambiental local.
PANORAMA
Nesta quarta-feira (23), a Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública sobre exploração e produção na margem equatorial.
Durante a audiência, o gerente-geral de ativos exploratórios da Petrobras, Rogério Soares da Cunha, destacou que a empresa se reuniu recentemente com autoridades da Guiana Francesa, Suriname e Guiana para estreitar o relacionamento e preparar operações conjuntas para responder a um possível derramamento de óleo.
“A probabilidade de ocorrer tal evento é muito baixa, de acordo com a nossa modelagem”, afirmou Cunha.
Atualmente, 41 blocos exploratórios estão contratados na margem equatorial, dos quais 17 são operados pela Petrobras, 11 pela Shell, 3 pela Chariot, 3 pela Murphy e 2 pela PRIO (PetroRio).
A maior parte dos ativos (18) fica na bacia de Barreirinhas, seguida por Foz do Amazonas (9), Potiguar (9) e Pará-Maranhão (5).
“Precisamos que esses projetos avancem para termos a confirmação de que há petróleo e gás natural nessa região”, destacou Carlos Agenor Onofre Cabral, diretor de E&P do Ministério de Minas e Energia (MME), durante a audiência pública.
No entanto, ambientalistas e a sociedade civil do Brasil e do mundo provavelmente protestarão contra a exploração de hidrocarbonetos na região, que dizem abrigar um corredor de biodiversidade de recifes de corais entre o Mar do Caribe e o Atlântico Sul.
Este será um tema delicado para o novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu reposicionar o país como protagonista na luta contra o aquecimento global e pela preservação do meio ambiente.
Ricardo Fuji, líder de transição energética do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), destacou que investir no desenvolvimento de novos reservatórios de petróleo e gás é um negócio arriscado, considerando a transição energética.
“É o que se chama de ativo retido: um investimento que fazemos agora para produzir daqui a 15 anos, e é muito provável que não consigamos vender como gostaríamos”, explicou.
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