Presidente eleito do Equador enfrentará cautela de investidores
Os baixos níveis de investimento estrangeiro direto (IED) registrados pelo Equador compõem um dos aspectos que o governo de Daniel Noboa terá que enfrentar quando assumir a presidência, o que está previsto para ocorrer em 1º de dezembro.
De acordo com as últimas estatísticas do Banco Central local, o IED totalizou apenas US$ 107 milhões no primeiro semestre, constituindo uma contração anual de 87%, a qual os especialistas atribuem à incerteza e insegurança política que afeta o país sul-americano.
Os primeiros meses do ano foram marcados pelo julgamento de impeachment contra o presidente Guillermo Lasso, pela dissolução da Assembleia Nacional, em maio, e pela convocação de eleições presidenciais e legislativas antecipadas.
Somou-se a isso a incerteza gerada pelos referendos para interromper a mineração de metais no Chocó Andino e encerrar a extração de petróleo no bloco petrolífero 43, também conhecido como Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT).
“O julgamento de impeachment e a convocação de eleições antecipadas geraram cautela entre potenciais investidores, que não tinham clareza sobre com quem teriam de lidar mais tarde. Na medida em que não se sabe quem estará no poder, as decisões de investimento são adiadas ou rejeitadas”, explicou à BNamericas o economista Felipe Hurtado, consultor da consultoria de risco político Prófitas.
Noboa governará o Equador até maio de 2025, mas já revelou que concorrerá à reeleição, portanto seu mandato presidencial será muito curto, pois deverá se dedicar, desde o início, à campanha presidencial.
Especialistas dizem que o empresário conservador terá que ser contundente no curto prazo para demonstrar, com fatos, que o Equador oferece condições para investimento.
CAUTELA ENTRE OS INVESTIDORES
A decisão sobre o ITT e a mineração em Chocó gerou preocupação sobre ações semelhantes que poderiam ocorrer em outras áreas dos setores de petróleo e mineração.
Além disto, as empresas aguardarem uma decisão da Corte Constitucional, que em maio suspendeu temporariamente um decreto presidencial que regulamenta a consulta ambiental, paralisando assim cerca de 200 projetos em vários setores produtivos, entre eles o de mineração.
“Tudo isto gera cautela nos potenciais investidores, coloca os setores extractivos em situação complexa e explica porque é que o IED é tão baixo”, destacou Hurtado.
O especialista também disse que o comportamento dos investimentos futuros dependerá muito dos sinais transmitidos pelo novo governo, dos anúncios que fizer, da formação do seu gabinete – especialmente na esfera econômica e de produção –, das ações concretas que tomar para enfrentar a segurança crise que afeta o país e da resolução dos problemas econômicos.
Dado que em fevereiro de 2025 os equatorianos elegerão um novo governo por quatro anos, os analistas locais acreditam que as grandes decisões de investimento só serão adotadas em 2025, quando o rumo que o país tomará estiver claro.
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