Quem serão os próximos governadores das regiões peruanas de mineração?
Com cerca de 90% dos votos apurados nas eleições municipais e regionais realizadas no domingo (2) no Peru, já é conhecida a maioria dos próximos governadores das regiões mineradoras do país.
O partido de esquerda moderada Peru Libre – que tem forte presença nas serras e levou Pedro Castillo à presidência – não conseguiu vencer em nenhuma região. Castillo rompeu com o partido em junho.
Nas regiões mineiras há algumas caras novas e também governadores que já ocuparam cargos públicos em mais de uma ocasião.
REGIÕES DE MINERAÇÃO
Arequipa
Rohel Sánchez (Yo Arequipa) será o futuro governador regional por um período de quatro anos, quando as autoridades eleitas tomarem posse em 1º de janeiro. Ele obteve 38% dos votos, bem à frente do segundo colocado, que conquistou 15%. Ex-reitor da universidade mais importante da região, a Universidad Nacional San Agustín, Sánchez é considerado um outsider fazendo suas primeiras incursões na política.
Durante sua campanha, sua mensagem era de que trabalharia para desbloquear grandes projetos e reviver a economia. Arequipa abriga o projeto de irrigação Majes Siguas II, o Gasoduto do Sul do Peru, o megaporto Corío e projetos de mineração como Tía María. Essas iniciativas estão paralisadas e outras nem começaram. Em entrevista à mídia peruana La República, ele garantiu que Majes Siguas II seria “sim ou sim”.
Segundo o governador eleito, seu governo terá como foco o ordenamento do território, a promoção de investimentos para geração de emprego, a titulação e saneamento de terras agrícolas, a incorporação de tecnologia nas atividades produtivas e um programa de habitação social. Durante seu período como reitor, a Universidad Nacional San Agustín foi reconhecida como uma das melhores instituições públicas de ensino no uso do canon da mineração [um tipo de royalty regional] e na promoção da pesquisa científica, segundo o think tank Instituto Peruano de Economia.
Ancash
Koki Noriega (Alianza Gobierno Unidad y Acción) será o próximo governador da região de Ancash após obter 35% dos votos. Seu partido é um movimento regional e, como o Yo Arequipa, de Sánchez, não está alinhado com grandes legendas, como Alianza por el Progreso ou Somos Perú.
A partir de uma posição central, Noriega se comprometeu a focar no desenvolvimento do agronegócio e na modernização de portos e rodovias. Os projetos que procurará dar prioridade são a melhoria e ampliação do aeroporto de Anta e a construção do novo terminal portuário de Chimbote.
Na área de mineração e energia, ele não deu mais detalhes, exceto sua intenção de aproveitar melhor os royalties da mineração e alinhar-se aos planos de longo prazo do Ministério de Energia e Minas.
Apurimac
Percy Godoy (Frente de la Esperanza), até recentemente prefeito distrital de San Jerónimo, será o governador regional após conquistar 40% dos votos. Seu partido de centro é relativamente recente e na prefeitura foi apoiado por um movimento popular.
O governador eleito reconhece a importância da mineração para Apurímac e propõe a realização de auditorias ambientais todos os anos para fiscalizar a exploração, aproveitamento, beneficiamento, refino e encerramento das operações. No entanto, esta proposta parece contradizer as opiniões dos participantes do evento Perumin, onde foi reconhecido o problema dos entraves burocráticos para a exploração de novos projetos.
Cajamarca
A Região de Cajamarca é uma das poucas onde acontecerá um segundo turno, no qual se enfrentarão Roger Guevara (do partido de centro-direita Somos Perú) e Andrés Villar (da Frente Regional de Cajamarca). Eles obtiveram respectivamente 19,9% e 19,4% dos votos. No caso dos governos regionais, o segundo turno é realizado quando o candidato principal não ultrapassa 30% dos votos válidos.
Guevara, que não ocupou cargos públicos, planeja apoiar o papel da mineração na região, que tem uma carteira de mais de US$ 15 bilhões em projetos em desenvolvimento ou pendentes. No entanto, não fez propostas claras para revitalizar o setor.
Villar foi prefeito provincial de Cajamarca entre 2019 e 2022. Assim como Guevara, ele menciona a importância da mineração em seu plano de governo, sem entrar em detalhes. O seu foco será a racionalização da execução do orçamento público e o combate à corrupção.
Cuzco
Assim como Cajamarca, Cusco faria um segundo turno. Werner Salcedo (Somos Perú) não obteve 30% dos votos válidos, e Edy Cuéllar (Movimento Regional Inka Pachakuteq) será seu candidato.
O plano de governo de Salcedo menciona a contribuição econômica do setor de mineração – especificamente os projetos Antapaccay e Constancia –, mas também as consequências dos rejeitos. Buscará construir uma usina petroquímica na região, desenvolver um programa de hidrelétricas, construir uma usina de fracionamento de gás e promover a eletrificação rural.
Edy Cuéllar, empresário do setor do turismo, apresenta-se como um outsider. Não se aprofunda nos setores de mineração ou energia em seu plano de governo. No entanto, o financiamento de quase todas as suas propostas para a região viria do uso do canon e do sobrecanon, renda que vem dos setores de mineração e hidrocarbonetos. Dessa forma, seu plano de governo terá que ser compatível com o desenvolvimento da mineração para financiar os projetos que propõe para turismo, saúde e educação.
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