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De olho no setor energético brasileiro

Bnamericas Publicado: terça-feira, 13 dezembro, 2022
De olho no setor energético brasileiro

A Gás Natural Açu (GNA) fechou acordos com a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) e a Transportadora Associada de Gás (TAG) para o estudo de novos gasodutos no estado do Rio de Janeiro.

Os dutos ligariam as termelétricas da GNA no porto do Açu (foto), bem como as indústrias localizadas no complexo, às malhas de transporte de gás da NTS e da TAG.

No caso do NTS, o MOU prevê a instalação de um duto bidirecional de 105 km e os ativos adicionais necessários para conectar o projeto da GNA, que inclui um terminal de regaseificação de GNL e duas usinas térmicas, ao terminal de Cabiúnas, em Macaé.

O gasoduto conseguiria receber, de uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU), até 15 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás natural e entregar até 16 Mm³/d.

O memorando de entendimento com TAG prevê a implantação de um gasoduto bidirecional de 45 km projetado para receber até 10 MMm³/d de gás do FSRU e entregar até 12 MMm³/d para o parque termelétrico e complexo industrial do porto, com capacidade para futuras expansões até 18 MMm³/d.

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A Ocyan informou que criou uma nova empresa chamada DrillCo, a qual se concentrará no negócio de perfuração com suas cinco sondas: ODN I, ODN II, Norbe VI, Norbe VIII e Norbe IX.

A nova estrutura societária é criada no contexto de uma reestruturação da dívida financeira da unidade de perfuração da empresa.

Os acionistas da nova empresa serão os detentores da dívida lastreada pelos ativos de perfuração, o conselho da DrillCo e a participação minoritária da Ocyan.

A Ocyan continuará com suas atividades nas áreas de produção, construção submarina, manutenção e serviços offshore.

Segundo a Ocyan, a nova estrutura de capital permitirá que ambas as empresas melhorem a competitividade em seus respectivos segmentos de atuação.

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A ANP estabeleceu na segunda-feira (12) um prazo de 72 horas para a Petrobras interromper todas as atividades em seus campos de petróleo e gás na Bahia, após auditoria encontrar problemas e irregularidades.

O sindicato dos petroleiros do estado (Sindipetro-BA) informou em nota que 20 mil b/d de petróleo e R$ 4 bilhões de receita bruta anual serão paralisados pela ação, impactando diretamente o orçamento de sete municípios (Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças).

Além disso, a paralisação irá gerar cerca de 4,5 mil demissões em empresas que prestam serviços à Petrobras nas áreas, segundo o sindicato.

A pedido da BNamericas, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que a empresa recebeu uma notificação para o fechamento das operações em 37 instalações terrestres de produção de petróleo e gás na Bahia.

“A empresa está tomando as medidas necessárias para o fechamento seguro das instalações e reforça que conduz suas operações de acordo com os mais rígidos padrões internacionais de segurança, saúde e respeito ao meio ambiente”, afirmou.

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As 12 empresas globais de petróleo e gás que fazem parte da Iniciativa Climática de Petróleo e Gás (OGCI) reduziram juntas as emissões absolutas de metano em cerca de 40% e as emissões absolutas de gases de efeito estufa (GEE) em 18% desde 2017, informou a Petrobras em um comunicado.

Criado em 2017, os membros incluem Petrobras, Shell, CNPC, Equinor, TotalEnergies, ExxonMobil e Chevron, e respondem por aproximadamente 30% da produção global de petróleo e gás.

As empresas investiram um total de US$ 40 bilhões em soluções de baixo carbono nos últimos cinco anos para reduzir as emissões.

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A oferta de energia hidrelétrica do país cresceu 15% em setembro em relação ao ano anterior, enquanto a geração a gás e carvão caiu mais de 50%, de acordo com o último relatório mensal do Ministério de Minas e Energia (MME).

O aumento da geração hidráulica é resultado da melhora nos índices pluviométricos neste ano.

Para este ano, o MME projeta que 46,7% da matriz energética serão compostos por fontes renováveis (ante 44,7% em 2021), e na matriz elétrica a participação será de 86% (contra 78,1% no ano passado).

O consumo final de energia deverá crescer cerca de 1,6% em 2022, enquanto a oferta de energia deverá cair 0,8%, devido à menor geração das termelétricas e à menor produção a partir de cana-de-açúcar.

Para a matriz elétrica, o MME prevê um forte aumento em torno de 70% na geração solar, bem como expansões de 11% tanto na geração eólica quanto na hidráulica.

O rápido crescimento da geração solar se deve ao aumento previsto para 2022 de mais de 80% na capacidade instalada de geração solar distribuída (GD), correspondendo a um avanço de mais de 7 GW, podendo chegar a 16 GW até o final do ano.

Espera-se que a capacidade instalada de geração solar centralizada cresça mais de 50%, com o MME enxergando a possibilidade de atingir mais de 7GW.

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A Aneel aprovou reajustes de preços ao consumidor para três distribuidoras locais.

No caso da Energisa Rondônia Distribuidora de Energia, o aumento médio foi de 22%, e da Energisa Acre de 15,5%.

No caso da Light, houve redução média de 5,89%.

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