
De olho nos financiamentos e investimentos em TIC na América Latina

Apesar do ano fraco, de modo geral, para o financiamento de startups em estágio avançado e da onda de demissões, o financiamento de risco continuou prontamente disponível para alguns setores na América Latina em 2022.
No geral, a região teve 1.251 rodadas de financiamento, compreendendo US$ 12 bilhões em volume de investimento, com uma média de US$ 12,4 milhões por rodada, segundo o relatório de 2022 da plataforma SlingHub. Em 2021, as startups da região levantaram um recorde de US$ 18,4 bilhões. O volume de investimentos em 2022 caiu 34% na América Latina e 50% nas startups brasileiras.
“Com taxas de juros mais altas e níveis de inflação impactando a liquidez, os resultados foram valuations mais restritos, processos de due diligence mais longos e difíceis, menos unicórnios e um sentimento geral de cautela”, disse o relatório.
Healthtechs e agtechs foram os destaques e os segmentos com mais rodadas de financiamento. Entre outras descobertas, México e Argentina seguiram o Brasil em transações de M&A envolvendo startups regionais. A região também viu o surgimento de 10 unicórnios.
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A empresa de pagamentos Edenred Brasil entrou no Sugar Program, programa global que conecta empresas com estudantes de 24 universidades em quatro continentes para enfrentar desafios de negócios.
Como parte do programa, oito estudantes de engenharia receberão orientação da Edenred para desenvolver ideias para o Ticket Log, seu sistema de gerenciamento de frotas.
A Edenred tem uma parceria com a Universidade Federal de São Paulo e a francesa L'École des Ponts ParisTech.
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A startup de pagamentos Yuno planeja atrair 100 clientes na América Latina este ano e mais de US$ 1 bilhão em volume de transações processadas.
Criada pelo cofundador da colombiana Rappi, Juan Pablo Ortega, e pelo ex-executivo da Rappi, Julián Núñez, a empresa se concentra na Colômbia, México e Brasil.
Em março do ano passado, a Yuno levantou US$ 10 milhões em sua primeira rodada de venture capital.
Essa rodada foi liderada pela Andreessen Horowitz, uma empresa de venture capital do Vale do Silício, e o Kaszek, um dos principais fundos de capital de risco em estágio inicial da América Latina, e coliderada pela Monashees, com a participação de Nazca, Latitud, OneVC, Opera Ventures, Saurabh Gupta (sócio da DST Global) e investidores-anjo.
A Yuno gerencia diferentes métodos de pagamento em uma única plataforma. Entre seus clientes atuais estão McDonald’s, Rappi, Tembici e Privacy.
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A fintech brasileira Niky levantou R$ 40 milhões (US$ 7,85 milhões) em uma rodada liderada pela PJM Investimentos para expandir seus negócios e lançar novos serviços, como linhas de crédito para procedimentos médicos e antecipação salarial.
A fintech, lançada em 2021, estima ter processado R$ 1,2 bilhão em 2022, alta de 282% em relação ao ano anterior.
A Niky oferece soluções de pagamento no modelo de banco como serviço, além de benefícios operacionais para funcionários da empresa e microempreendedores individuais.
A empresa afirma ter 40 clientes no país.
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A SPIC Brasil, considerada uma das maiores geradoras privadas de energia do país, abriu inscrições para seu programa de P&D.
O programa visa atrair empresas com soluções focadas em eficiência operacional para a hidrelétrica São Simão da empresa.
Podem participar do programa startups, empresas de base tecnológica, centros de pesquisa e universidades. A SPIC Brasil pretende selecionar quatro projetos que serão desenvolvidos dentro dos temas de operação, modernização e patrimônio.
Ao todo serão investidos R$ 6 milhões. Os recursos são aplicados seguindo as diretrizes do programa de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Aneel. Mais detalhes estão disponíveis aqui.
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