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Açotubo planeja maior expansão internacional

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Açotubo planeja maior expansão internacional

A distribuidora brasileira de produtos siderúrgicos Açotubo avança com planos de expansão de suas operações internacionais. O grupo adquiriu recentemente a participação definitiva na empresa peruana Sistemas de Perforación y Geotécnia (SPG), que também opera na Colômbia.

A Açotubo, que pagou R$ 12 milhões (US$ 2,4 mi) na transação, busca agora oportunidades de expansão em outros países.

Nesta entrevista exclusiva, Fernando del Roy, diretor de marketing, suprimentos e inteligência de mercado da empresa, conversou a BNamericas sobre os planos de expansão e o atual ambiente de negócios.


BNamericas: Quais os planos de negócios do Grupo Açotubo?

Del Roy: Nós fizemos no ano passado uma reestruturação no grupo criando novas áreas, inclusive a diretoria de novos negócios, para avaliar novas oportunidades. Nessa oportunidade acabei assumindo, entre outras funções, a área de inteligência de mercado, também para mapear oportunidades.

Do ponto de vista de segmentos de atuação, já temos uma grande diversificação das nossas linhas de negócios, onde atuamos em segmentos de metal, mineração, construção civil, sucroalcooleiro e óleo e gás. Falando especificamente das nossas operações de Peru e Colômbia, nesses países atuamos mais em setores da construção civil, mineração, e linhas de transmissão.

BNamericas: Além dos países onde já estão presentes, onde vocês querem atuar?

Del Roy: Nossa entrada tende a ser via aquisições. Para nossa potencial expansão, olhamos para toda a América do Sul, América Central e também EUA. Hoje, nossa atuação está no Brasil, Peru e Colômbia, mas, via exportações, atendemos diversos outros mercados.

Nós começamos nossa expansão internacional via Peru e Colômbia porque são países relativamente menores e onde tivemos oportunidades de compra de um ativo. Foi uma boa oportunidade de aprendizado para nós, já que no Peru nos últimos anos tiveram diversos presidentes diferentes e pudemos aprender a operar nesse ambiente.

Mas eu diria que o principal desafio para internacionalização é sempre do lado das pessoas, levar nossa cultura empresarial para outros países. Isto demanda muito trabalho de treinamento do pessoal das empresas adquiridas e também muitas viagens, para os funcionários conhecerem nossa cultura.

BNamericas: Em relação a potenciais aquisições, a estratégia seria a compra de controle ou a formação de joint ventures?

Del Roy: Pelo fato de ser uma empresa familiar, o modelo de negócio ideal para nós é o de compra de controle.

BNamericas: Qual a expectativa de receita do Grupo Açotubo esse ano?

Del Roy: Nós fechamos 2023 com um faturamento de R$ 2 bilhões, o que representa uma queda de 15% comparado com o ano de 2022. Mas é importante dizer que, em termos de volume, nós tivemos expansão no ano passado – o faturamento só caiu porque houve uma queda no preço dos produtos.

Para este ano nossa expectativa é de crescimento de dois dígitos da nossa receita. Nós temos uma prática de ser bastante agressivos na busca de mercado e vemos oportunidades de negócios nos setores sucroalcooleiro, no setor de óleo e gás e também na área de infraestrutura, com mais demanda para EPCistas.

BNamericas: Temos visto economistas fazendo revisões de estimativas para o PIB no Brasil esse ano em função dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul. De que forma isso impacta a Açotubo?

Del Roy: O impacto dos eventos no Rio Grande do Sul foi grande, não sabemos a real extensão ainda. Temos uma filial em Canoas, onde a enchente impactou aquela nossa unidade e nos gerou prejuízo. Mas é difícil ainda prever os impactos disso nos nossos negócios, porque não sabemos se os eventos climáticos vão gerar demanda para construção de galpões novos, por exemplo, o que demanda produtos que distribuímos.

Fizemos uma projeção de expansão de 10% na nossa receita este ano, mas isso foi feito antes dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul. Pode ser que essa expansão seja revista para um patamar de 5%, mas precisamos esperar um pouco, porque o Brasil muitas vezes nos surpreende – na pandemia, esperávamos um cenário de severa queda nas receitas, mas com o tempo vimos o oposto.

BNamericas: Qual plano de investimentos de vocês?

Del Roy: Nós tínhamos investimentos projetados de R$ 35 milhões para este ano, porém, com a internacionalização, o número final deverá ser maior: cerca de R$ 48 milhões.

Temos investido grande parte disso em tecnologia, onde buscamos entender as sinergias que podemos alavancar em termos de venda e também detectando a hora exata de fazer a aproximação a um cliente, buscando entender porque um cliente está comprando mais um produto e deixando de comprar outros.

Esse acompanhamento, num primeiro momento, tem que ser feito pelas vias tecnológicas, pois temos cerca de 120 mil clientes. Uma vez que detectamos a situação e o melhor momento de fazer uma aproximação ao cliente, aí acionamos nosso time de vendas de forma assertiva.

BNamericas: O setor siderúrgico latino-americano tem reclamado bastante da invasão do aço chinês no mercado. Como você enxerga a situação?

Del Roy: De fato, há uma concorrência desleal dos produtos chineses. O que a China está tentando fazer é exportar desemprego e há pouco o que se fazer contra isso, mesmo com imposição de tarifas. Acredito que uma solução só aconteça quando a China, por motivos domésticos, decidir terminar com as práticas que estão provocando excesso de produção de aço por lá.

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