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GDSUN amplia capacidade de geração solar no Brasil

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GDSUN amplia capacidade de geração solar no Brasil

A GDSUN planeja expandir em pelo menos 35% sua capacidade instalada de geração solar distribuída (GD) no Brasil até o final de 2024, disse à BNamericas a CEO da companhia, Simone Suarez. 

Com plantas instaladas de norte a sul do país, a GDSUN atende, por exemplo, a empresas de varejo, telefonia e redes de farmácia, que buscam energia mais barata e renovável. 

Nesta entrevista, Suarez analisou as perspectivas quanto ao mercado de GD local e o potencial de contribuição da energia solar no desenvolvimento socioeconômico brasileiro. 

BNamericas: Quais as perspectivas em relação ao mercado de geração solar distribuída no Brasil? 

Suarez: Ainda há muitos projetos no mercado que se enquadram nas regras de GD0 e GD1. Os primeiros são imperecíveis, sem prazo de instalação, enquanto os últimos têm prazo de instalação. No entanto, as próprias concessionárias atrasaram a construção de obras de rede [de distribuição], então há um horizonte para estes projetos na regra antiga. 

Por isso, não vejo impacto significativo no próximo ano e meio nas instalações em função da mudança de regras. São projetos a implantar que não são afetados pelas mudanças regulatórias, de modo que não vejo um recolhimento dos investimentos no curto prazo. 

[Nota do editor: conforme o marco regulatório da GD, promulgado no início de 2023, os projetos GD1 (aos quais Suarez se refere como GD0), possuem, graças ao direito adquirido, isenção da cobrança pelo uso do sistema de distribuição (Fio B) até o ano de 2045. Já os projetos GD2 (GD1, para Suarez), estão condicionados a pagar o Fio B de forma progressiva e gradativa ao longo dos anos, a partir de 2023.] 

BNamericas: Há incentivos previstos por parte do governo federal ou de governos estaduais à GD?

Suarez: Minas Gerais é um estado muito amigável para geração solar em geral. Soube recentemente que o Espírito Santo está oferecendo benefício fiscal para equipamentos e componentes solares. No sul do país, existe uma forma de importar inversores e conseguir créditos de ICMS.

Mas acho que isso deveria ser mais claro e simples, sem a necessidade de uma engenharia tributária tão complexa, considerando-se todos os benefícios que a energia solar proporciona, em termos de renovabilidade de energia, mão de obra etc.

BNamericas: Qual sua opinião sobre a elevação de tarifas sobre importações de painéis solares?

Suarez: O conceito da regra anterior era desonerar a importação de mercadorias que não são produzidas no país. Surgiu, então, um grupo pequeno de empresas alegando que têm capacidade de fabricação nacional, mas sua capacidade é ínfima em relação à demanda. E elas têm atraso tecnológico significativo em relação aos importados. O que é feito no país, de fato, é uma montagem. Considerar isso como indústria nacional me parece uma distorção. Este desenvolvimento precisa de um horizonte de mais longo prazo.

Este tipo de mudança de regra do jogo de forma abrupta traz insegurança para os investidores, que tomam uma decisão lá atrás com uma consideração específica de retorno.

BNamericas: Quais os principais projetos em desenvolvimento pela GDSUN?

Suarez: Temos construídos quase 180 MW, dos quais 155 MW estão em operação. Nos próximos meses, vamos começar a mobilização em campo para construir novos projetos. Até o final deste ano vamos atingir, no mínimo, 210 MW.    

Importante ressaltar que os projetos não se esgotam nas obras. Durante 30, 35 anos, serão demandados técnicos para monitorar as plantas, equipes trabalhando no gerenciamento da energia e dos nossos clientes, que são os usuários que alugaram as usinas para que nós façamos a operação.

BNamericas: Quais os investimentos previstos?

Ainda estamos negociando contratos, então não estamos divulgando os novos investimentos. O que posso dizer é que, entre 2022 a 2023, investimos R$ 750 milhões. No ano passado, ampliamos em 40% nossa capacidade instalada. 

BNamericas: Qual o papel da energia solar no desenvolvimento econômico e social brasileiro?

Suarez: A energia solar proporciona um grande desenvolvimento em termos sociais. Temos uma visão bastante próxima do tema, já que estamos instalados de norte a sul do Brasil e conhecemos bem a realidade em cada uma dessas regiões. 

Muitas vezes se ressalta que a produção dos painéis solares é chinesa e que os investimentos são externos, mas isto não é verdade. Hoje, a parcela local, envolvendo a construção e a contratação das empreiteiras, tem um peso no capex maior que os módulos fotovoltaicos importados. 

A GDSUN desenvolve e instala os projetos, depois opera as plantas. Nosso negócio consiste em possibilitar que empresas que não têm energia como seu core business tenham acesso a energia mais barata e sustentável. São empresas de varejo, telefonia e redes de farmácia, por exemplo. 

A geração centralizada e distribuída já ocupa 17% da matriz elétrica brasileira, da qual quase 68% vem da GD. 

O mercado de energia solar traz oportunidades de trabalho para diferentes perfis de mão de obra. Estamos falando de pequenas empreiteiras, que contratam mão de obra local. A gama de serviços na vida útil de uma GD é muito diversa, abrangendo desde mão de obra especializada à mão de obra para fazer, por exemplo, supressão de vegetação e lavagem de módulos.

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