
Sensores ajudam a maximizar a produção de mineração no Peru

A diversidade da mineração peruana dá origem ao desenvolvimento de iniciativas tecnológicas personalizadas.
E embora o governo tente incentivar projetos greenfield, isso será difícil se os procedimentos de licenciamento não forem simplificados e não houver uma resposta clara aos conflitos sociais. Enquanto isso, as mineradoras tentam aproveitar ao máximo os projetos brownfield.
A BNamericas conversou com o vice-presidente executivo de desenvolvimento de negócios da MineSense Technologies, Claudio Toro, sobre como os sensores da empresa que analisam e estimam o teor do minério em tempo real ajudam as mineradoras a tirar o máximo proveito de seus ativos. Ele também falou sobre as necessidades atuais do mercado e as perspectivas de expansão na região.
BNamericas: Em que consistem os serviços da MineSense? Como foi a entrada da companhia no mercado peruano?
Toro: A MineSense é uma empresa relativamente jovem. Até 2017, trabalhava no desenvolvimento de sensores que são instalados na parte superior da pá – de uma escavadeira– e permitem medir o teor do minério em tempo real. Ao medir o teor “bloco a bloco”, uma maior quantidade de dados pode ser obtida para que a empresa tenha controle direto do volume de suas extrações e reduza os encargos de mineração. A faixa de lucro, dependendo do tamanho da mina, fica entre US$ 20 milhões e US$ 250 milhões por ano.
Desde 2018, trabalhamos na penetração no mercado, e a região da América do Sul – Peru e Chile – é a que mais cresce para nós. No entanto, o Peru é o país que apresenta maiores oportunidades a médio e longo prazo.
BNamericas: Por que isso?
Toro: Há uma maior distribuição de minas no Peru, e baseamos nossa penetração de mercado no número de projetos. As minas no Peru são polimetálicas e os executivos estão muito interessados em medir todos os elementos que encontram nas reservas. Da mesma forma, há uma maior disposição para adaptar e implementar novas tecnologias do que em outras regiões.
BNamericas: Com quem vocês estão trabalhando?
Toro: Hoje estamos trabalhando com a Antamina em uma primeira escavadeira. Planejamos instalar sensores em uma segunda máquina em dezembro e incorporar outras duas escavadeiras em 2023. Em Constancia, da Hudbay, também trabalhamos com uma escavadeira e vamos contar com outras duas até o fim deste ano para completar as três pás em operação no poço principal da mina.
Por último, acabamos de fechar um acordo com a Antapaccay, da Glencore, e vamos instalar sensores na primeira escavadeira em 17 de dezembro para iniciar as operações em janeiro. Provavelmente instalaremos dispositivos em mais três escavadeiras durante o segundo semestre de 2023.
BNamericas: A crise sanitária provocou alguma alteração na abordagem da empresa aos clientes?
Toro: Logicamente, a pandemia teve um grande impacto sobre a economia e o setor de mineração. Tivemos de adaptar nossos serviços presenciais para sistemas de supervisão remota, mas o impacto foi em um setor que não nos afeta muito.
O impacto foi maior em novos projetos e em portfólios greenfield de exploração minerária. Essa situação está forçando as mineradoras a se reinventar e aplicar novas ferramentas para melhorar a produtividade.
É aí que nós entramos: para recuperar o metal que hoje está sendo descartado. No caso da MineSense, oferecemos serviços sem interferir muito no fluxo das operações. Estamos adicionando sensores e, em questão de seis meses, podemos instalá-los em uma frota inteira.
BNamericas: A necessidade de aproveitar mais o que já existe está fazendo com que a demanda pelos serviços da empresa aumente?
Toro: O mercado está nos pressionando e nos forçando a crescer. No Chile, já instalamos nossa primeira sede de serviços, onde vamos fabricar os sensores para a região sul-americana. A mesma coisa acontece no Peru, onde temos um centro de distribuição, mas vamos avançar para ter um centro de produção também.
BNamericas: Quais oportunidades foram apresentadas a vocês no Perumin 35?
Toro: Tivemos a oportunidade de expor no evento – dois dos nossos clientes também falaram sobre o uso da tecnologia –, e isso gerou muita expectativa. Executivos seniores da Marcobre e Southern Copper visitaram nosso estande. Também tivemos contatos com empresas com as quais já estamos negociando acordos. Foi muito importante participar do evento.
BNamericas: Quais são as metas da empresa para 2023?
Toro: Esperamos atingir US$ 100 milhões em faturamento entre nossas operações no Peru e no Chile. Além dos projetos citados, nosso objetivo é fazer negócios com as principais mineradoras globais que já estão testando nossa tecnologia. Estamos trabalhando com uma mina da BHP, e a ideia é expandir para os demais projetos e minas do grupo. Por outro lado, assinamos um contrato de prestação de serviços com a mineradora chilena Collahuasi por um ano.
BNamericas: Considerando o rápido crescimento, vocês pensam em entrar em outros países da região?
Toro: Estamos avaliando a possibilidade de entrar no Brasil. Estamos em negociação com a Vale, por isso estamos criando uma empresa para entrar no país no segundo semestre de 2023. Não tínhamos mapeado entrar no país até 2024, mas o mercado vem nos pressionando para isso.
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