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Stadler Rail Valencia prepara expansão de sua presença na América Latina

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Stadler Rail Valencia prepara expansão de sua presença na América Latina

Os bondes e trens de curta distância surgiram como uma opção atrativa para várias cidades da América Latina que procuram reduzir o congestionamento, aumentar o uso dos sistemas de transporte público e reduzir as emissões de CO2.

Uma empresa com experiência neste setor é a Stadler Rail Valencia, que, em um consórcio com as uruguaias Saceem e Stiler, está promovendo uma iniciativa privada de US$ 500 milhões para instalar um sistema de bondes em Montevidéu, que recebeu apoio do governo em junho. 

A BNamericas conversou com Pablo Juan, gerente regional de vendas da Stadler Rail Valencia, sobre o andamento do projeto e as perspectivas da empresa para a região.

BNamericas: Qual é o status dos estudos para o bonde de Montevidéu?

Juan: Neste momento, estamos finalizando a pré-viabilidade e em conversas com técnicos dos respectivos municípios [Montevidéu e Canelones] por onde passa a linha e do Ministério de Transportes e Obras Públicas, para trocar informações mais relevantes e ouvir as opiniões deles sobre o projeto.

BNamericas: Que aspectos ainda precisam ser definidos antes do início das obras?

Juan: Esse tipo de projeto, por conta de sua relevância na sociedade, impacta muitas áreas. É preciso levar em conta que a área de influência do bonde abrangerá a região metropolitana e terá uma distância de 35 km, o que modificará a estrutura da cidade.

Outro ponto a considerar é a redistribuição do serviço de ônibus. As rotas serão modificadas para melhorar o sistema de transporte em geral, já que o trem-bonde é um sistema troncal alimentado pelos mesmos ônibus.

As paradas e a localização dos park-and-ride [bolsões de estacionamento próximos das estações] e das garagens ou oficinas devem ser definidas como um passo prévio à análise numérica que permitirá determinar o custo do projeto. Depois de tudo isso, o ministério abrirá a licitação que terminará com a concessão.

Uma vez assinado o contrato, poderão ser iniciadas as obras, que estimamos que durarão de 30 a 36 meses, sem considerar o período necessário para o ajuste do sistema.

BNamericas: Como você vê a questão do financiamento?

Juan: A singularidade do projeto e os benefícios que ele vai gerar para a região metropolitana, juntamente com o prestígio regional e internacional das empresas que estão promovendo essa iniciativa e a segurança jurídica que o Uruguai oferece, formam um quadro suficiente para atrair investidores internacionais, que se somarão aos locais. Portanto, não acreditamos que o financiamento seja um obstáculo.

BNamericas: Você acha que o projeto poderá avançar após as eleições gerais do ano que vem, nas quais a oposição teria vantagem?

Juan: Estamos convencidos de que existe uma necessidade real de inserir um sistema com essas características no Uruguai. A evidência dos benefícios do sistema é clara em outros casos internacionais, por isso entendemos que o projeto estará dentro dos planos de qualquer administração.

BNamericas: O Chile tem pelo menos três bondes em seu portfólio de licitações de concessão de infraestrutura. A Stadler tem interesse nesses projetos ou em outras iniciativas do gênero na América Latina?

Juan: A Stadler está interessada em projetos em toda a América Latina, de modo geral, e no Chile, em particular.

Estamos acompanhando vários projetos de bondes que esperamos que se tornem realidade para que possamos participar de seu projeto e fabricação, como já fizemos ao conquistar o primeiro projeto de bonde moderno da América Latina, em operação nas cidades de Santos e São Vicente, no Brasil [como Vossloh, que foi adquirida pelo grupo Stadler em 2016].

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