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BNDES aprova financiamento para integração logística regional

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BNDES aprova financiamento para integração logística regional

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou até o momento um financiamento de R$ 3,2 bilhões (US$ 565 milhões) para projetos logísticos voltados para a integração da América do Sul.

O montante será destinado ao fundo Rotas, criado no final de 2023 para apoiar investimentos de até R$ 50 bilhões, com recursos do BNDES, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).

O BNDES desembolsará um total de R$ 15 bilhões.

“O Rotas é importante porque vai unificar os dois oceanos, vai aumentar nossa competitividade, vai reduzir o custo logístico e permitir que as cadeias produtivas se integrem no comércio e no investimento regional”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em um evento de desenvolvimento organizado pelo CAF no Uruguai.

“Nós precisamos ter foco para avançar a integração e ter projetos estruturantes. As rotas são projetos estruturantes, assim como a integração energética, fibra ótica e todas essas possibilidades”, acrescentou Mercadante.

O Rotas avançará em cinco rotas de integração e desenvolvimento e focará principalmente em infraestrutura e integração nas áreas social, ambiental e institucional.

A integração regional tem sido uma prioridade para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse em audiência no Senado que os respectivos recursos foram incluídos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e estão garantidos, sem causar impacto fiscal.

“Essas obras interferem na balança comercial, geram emprego, renda e desenvolvimento regional. Não é possível diminuir a desigualdade social se nós não atacarmos fortemente a diminuição das desigualdades regionais porque a cara mais pobre do Brasil está nas fronteiras. A forma de diminuir a desigualdade social é através de emprego, renda e desenvolvimento”, enfatizou Tebet.

Mas alguns analistas destacaram riscos e motivações políticas.

“O governo Lula, com esse programa, tenta exercer o softpower brasileiro na região e ao mesmo tempo tenta trazer para sua base de apoio políticos dos estados brasileiros que fazem fronteira com os países sul-americanos, que serão diretamente beneficiados por esses projetos”, disse à BNamericas Mário Sérgio Lima, analista da Medley Global Advisors.

“No entanto, as claras diferenças políticas que existem hoje entre os líderes dos diferentes países da região colocam em risco o avanço desses projetos no longo prazo e temos que considerar também que se tivermos uma mudança de administração no Brasil, isso também representa um risco, pois o programa pode ser considerado por um possível novo presidente do Brasil como um programa do governo Lula”, acrescentou Lima.

PROJETOS PRIORITÁRIOS

Ilha das Guianas

A Ilha das Guianas, que inclui os estados do Amapá e Roraima e partes dos estados do Amazonas e Pará no Norte do Brasil, será conectada com a Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela.

Multimodal Manta-Manaus

Com conexões multimodais marítimas, fluviais, rodoviárias e aéreas, a rota Manta-Manaus é vista como uma alternativa ao Canal do Panamá, proporcionando conexões entre as costas do Atlântico e do Pacífico.

A rota abrange os estados do Amazonas, Pará e Amapá, além dos países andinos vizinhos Colômbia, Equador e Peru.

Ela também está ligada a outras duas rotas: a Ilha das Guianas ao norte, via rodovias BR-174 e BR-156, e a rota do Quadrante Rondon ao sul, pela hidrovia do Madeira ou pela rodovia BR-319, ainda não pavimentada.

Manaus, capital do Amazonas, é um importante nó dessa rota, pois está conectada por vias fluviais à Bolívia, Colômbia, Peru e Venezuela, além de ter ligações com os estados de Roraima, Pará, Amapá, Rondônia e Acre.

Quadrante Rondon

A rota do Quadrante Rondon é formada por estradas que ligam os estados do Acre e Rondônia e a parte oeste de Mato Grosso, estendendo-se para oeste até a Bolívia e o Peru.

Conexão Capricórnio

A Conexão Capricórnio conecta os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina por meio de múltiplas vias, além de ligar o Brasil ao Paraguai, Argentina e Chile.

Porto Alegre-Coquimbo

As conexões entre o estado do Rio Grande do Sul e a Argentina e o Uruguai estão bem consolidadas, permitindo ligações até o porto de Coquimbo, na costa do Pacífico do Chile.

As principais conexões do Brasil com outras nações da América do Sul são amplamente estabelecidas por meio de rotas através do Grande do Sul, são baseadas em relações econômicas robustas e infraestrutura física abrangente.

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