Destaque: a situação do mercado de telecomunicações no Brasil

O Brasil encerrou novembro de 2022 com 340,6 milhões de acessos aos serviços móveis, banda larga fixa, TV por assinatura e telefonia fixa.

O número caiu quase 7 milhões em relação a outubro, de acordo com a Anatel, reguladora de telecomunicações, principalmente devido ao corte de linhas móveis inativas herdadas pelas principais operadoras, após a aquisição do negócio móvel da Oi.

Em novembro de 2021, o país tinha 339,5 milhões de acessos de telecomunicações em serviço.

A indústria também registrou quedas em novembro em telefonia fixa, TV paga e banda larga fixa, uma vez que a expansão da fibra até a casa (FTTH) por provedores de serviços de Internet desacelerou com a concorrência mais acirrada e problemas macroeconômicos. A base de fibra, por exemplo, registrou sua primeira queda em muitos anos.

LINHAS MÓVEIS

Após uma série de desligamentos de linhas inativas que pertenciam à Oi, o país teve, em novembro, a maior queda de base em mais de sete anos.

Com a limpeza de cerca de 6,4 milhões dessas linhas, principalmente pela TIM, mas também pela Claro e MVNOs da América Móvil, o Brasil encerrou o mês com 254,9 milhões de linhas móveis em serviço, ante 261,1 milhões no final de outubro.

A marca Vivo, da Telefônica Brasil, líder de mercado, detinha 38,4% do total de linhas móveis do país, ante 37,4% em outubro, seguida pela Claro (33,6%, ante 33,2%), TIM (24,8%, ante 26,3%), Algar (1,8%, alta de 1 ponto) e outros (1,4%, estável).

O pós-pago representou 56% do total, ante 54,9% em outubro. Esse crescimento também está relacionado aos desligamentos da Oi, já que a maioria dos clientes da empresa era pré-pago.

Das linhas móveis, 77,7% eram 4G, enquanto os acessos 3G eram 10,3% e as linhas 2G 10%. Os restantes foram 5G, em formato não autônomo (5G NSA, 0,9% do total) ou autônomo (5G SA, 1,1%).

No total, o Brasil tinha 5,1 milhões de acessos 5G.

No 5G SA, cujos números foram divulgados pela Anatel pela primeira vez após o início das ativações em julho passado, 1,1 milhão de acessos (41,1% do total de novembro) pertenciam à TIM. A Telefônica Brasil seguiu com 902,8 mil enquanto a Claro teve 692,5 mil.

BANDA LARGA FIXA

O total de acessos de banda larga fixa atingiu 44 milhões no final de novembro, abaixo dos 44,4 milhões do mês anterior, segundo a Anatel.

A base total de fibra caiu pela primeira vez em quatro anos, já que os ISPs, que costumavam ser a principal força motriz do segmento, estão lutando para converter novas implantações de fibra em clientes e estão enfrentando uma rotatividade maior.

A fibra representou 69,1%, ou 30,4 milhões, de todas as conexões de banda larga fixa no país em novembro, em comparação com 30,6 milhões no final de outubro e 25,3 milhões no final de novembro de 2021.

O restante foram conexões de cabo coaxial (20,2% em novembro de 2022), cabo metálico (6%), rádio (4,1%) e satélite (0,7%).

Pequenos ISPs e provedores locais lideram o mercado com uma participação combinada de 36,8% na banda larga fixa geral e 44,8% nas conexões de banda larga de fibra.

Esse grupo exclui ISPs e empresas de telecomunicações com participação de mercado superior a 1%, que incluem EB Fibra (Alloha, com 4,1% do total de banda larga em fibra), Brisanet (3,5%), Claro (2,8%), Algar (2,5%), Desktop (2,5%), Vero (2,3%), AmericaNet (2%), Unifique (1,9%) e TIM (1,8%).

O segmento de fibra é liderado pela Telefônica Brasil e Oi, com 17,8% e 13,9%, respectivamente.

No geral da banda larga fixa, a Claro perdeu participação, mas continua sendo a única operadora líder, com 22,1% das conexões, seguida pela Telefônica Brasil (14,7%) e Oi (11,5%).

TV PAGA E TELEFONIA FIXA

As assinaturas de TV por assinatura caíram novamente em novembro, fechando o mês em 14,2 milhões, 0,5% abaixo de outubro e 6,2% ano a ano.

O segmento é liderado pela Claro, com 43,1% do total de assinaturas, estável na comparação mensal. Em seguida vem Sky (28,5%, ante 28,3%), Oi (18,3%, ante 18,5%), Telefônica (7%, ante 6,9%) e outras (3,1%, estável).

O DTH via satélite representava 57,2% do total de acessos de TV por assinatura no final de novembro, seguido do cabo coaxial (33,4%) e da fibra (9,4%).

Finalmente, os contratos de telefonia fixa totalizaram 27,6 milhões no final de novembro, ante 27,5 milhões no final de outubro.

Enquanto a base geral caiu, o número de clientes que substituíram linhas fixas de cobre por conexões de fibra cresceu, e a telefonia de fibra adicionou cerca de 400 mil clientes durante o mês.

Considerando todos os tipos de contrato, a Claro liderou os acessos de telefonia fixa com 29,5% de market share, ante 29,8%, seguida pela Oi (28,5%, ante 28,8%), Telefônica (25,3%, ante 25,4%), Algar Telecom (5% fixa) e TIM (2,7% fixa).

Gráficos: Anatel