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Destaque: a situação do setor de telecomunicações no Brasil

Bnamericas Publicado: segunda-feira, 07 novembro, 2022
Destaque: a situação do setor de telecomunicações no Brasil

O Brasil continuou expandindo sua base de telecomunicações em setembro, mas com ajustes mais intensos em alguns segmentos, incluindo a desconexão de vários acessos 4G e 2G e avanços, principalmente no pós-pago, 5G e, em menor escala, banda larga fibra.

O país encerrou o mês com 348,3 milhões de acessos de telecomunicações, incluindo banda larga, telefonia fixa, linhas móveis e TV paga, ante cerca de 347 milhões um mês antes e um aumento de 11,3 milhões em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Anatel.

A telefonia móvel representou 259 milhões dos acessos, a banda larga fixa 42,8 milhões, a telefonia fixa 32,1 milhões e a TV por assinatura 14,4 milhões.

Em termos líquidos, todos os segmentos, exceto a telefonia fixa, registraram queda na comparação mensal.

BANDA LARGA FIXA

O total de acessos de banda larga fixa foi de 42,8 milhões no final de setembro, abaixo dos 43,9 milhões no final de agosto, de acordo com os números revisados da Anatel devido, principalmente, à subnotificação de algumas empresas.

A fibra representou 68,9%, ou 29,2 milhões em comparação com 67,9% um mês antes. A tecnologia registrou crescimento de 4,9 milhões em um ano, desacelerando em relação ao ritmo anual observado nos últimos meses.

O restante foi cabo coaxial (20,9%, acima de 20,5% no final de agosto), cabo metálico (6,7%, abaixo de 6,8%), rádio (3,4%, abaixo de 4%) e conexões via satélite (0,7%, abaixo de 0,8%).

Pequenos ISPs e provedores locais lideraram o mercado com uma participação combinada de 35,7% em banda larga fixa, em comparação com 36,2% no mês anterior, e 43,5% em conexões de banda larga de fibra, abaixo dos 43,6%.

O grupo exclui ISPs e empresas de telecomunicações com market share superior a 1%, que incluem, além das operadoras locais, EB Fibra (Alloha, com 2,9% do total de banda larga fixa), Brisanet (2,4%), Algar (1,8 %), Desktop (1,7%), TIM (1,7%), Vero (1,6%), AmericaNet (1,3%) e Triple Play (1,2%).

A Alloha é uma holding que controla os ISPs Sumicity, VIP, Liga e Mob, entre outros. É propriedade do grupo de private equity EB Capital, que, segundo os últimos relatórios do mercado, pretende dividir a Alloha em uma operação de infraestrutura e uma operação de atendimento ao cliente, colocando a primeira à venda e mantendo a segunda.

A Claro continua sendo a operadora única líder, com 22,7% de todas as conexões de banda larga fixa (ante 22,2% em agosto), seguida pela Telefônica Brasil (que opera como Vivo, 15,0%, acima de 14,6%) e Oi (11,9%, acima de 11,6%).

As líderes em adições líquidas em setembro foram AmericaNet (44 mil) e Telefônica (26 mil), além de Brisanet e EB Fibra, cada uma com cerca de 20 mil.

TELEFONIA MÓVEL

A Anatel relata 4,1 milhões de linhas 5G no país, compreendendo 5G “puro” ou autônomo e não autônomo, que depende em grande parte do espectro existente e da rede 4G.

O número subiu de 3,6 milhões no final de agosto.

Ao final de setembro, 1,8 milhão desses acessos eram não autônomos, com a Claro respondendo por 53%, a Telefônica por 44,6% e a TIM por 2,4%.

No 5G autônomo, 36,9% dos 2,2 milhões de acessos informados pertencem à TIM. A Claro tinha 32,9% e a Telefônica 30%.

No geral, o Brasil tinha 259 milhões de linhas móveis em serviço no final de setembro, abaixo dos 261,3 milhões do mês anterior e cerca de 10 milhões a mais do que no final de setembro de 2021.

A líder de mercado Telefônica tinha 37,6% do total de linhas móveis, abaixo dos 38,3%. A operadora informou que havia desconectado cerca de 3 milhões de linhas inativas que adquiriu da Oi.

A Telefônica está à frente da Claro (33,4%, acima de 33%), TIM (26,6%, acima de 26,4%), Algar (1,7%, acima de 1,6%) e outros (0,7%, estável).

O pós-pago representou 54,4% do total, ante 53,9% em agosto, e o pré-pago caiu para 45,6%.

O 4G foi responsável por 203,4 milhões do total, uma queda de 3 milhões em relação a agosto, provavelmente devido aos desligamentos das linhas da Oi. Enquanto isso, os acessos 3G cresceram para 10,5% e as linhas 2G caíram para 9,4%. O restante foi atendido por 5G.

TV PAGA E TELEFONIA FIXA

As assinaturas de TV paga caíram novamente, indo para 14,4 milhões de 14,7 milhões no final de agosto. Desde setembro de 2021, o serviço perdeu mais de 2,4 milhões de assinantes.

A Claro lidera com 43,2% de todas as assinaturas, que ficou estável mês a mês. Em seguida vem Sky (28,3%, acima de 28,1% em agosto), Oi (18,8%, abaixo de 19%), Telefônica (6,9%, estável) e outros (2,8%, abaixo de 2,9%).

O satélite DTH representava 57,5% de todos os acessos de TV paga no final de setembro, ante 57,4% em agosto, à frente do cabo coaxial (33,4%, abaixo de 33,5%) e fibra (9,1%, acima de 9,0%). 

Por fim, os contratos de telefonia fixa totalizaram 32,1 milhões no final de setembro, um aumento de 4 milhões no final de agosto, após os ajustes de base pela Anatel.

Considerando todos os tipos de contratos, a Claro também liderou esse segmento, com 40,0% de participação, ante 31,4% em agosto, seguida pela Oi (25,0%, ante 28,8%), Telefônica (21,9%, ante 25,1%), Algar Telecom (4,2%, abaixo de 4,8%) e TIM (2,3%, abaixo de 2,7%).

Fonte de todos os gráficos: Anatel

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