Destaque: regiões de nuvem pública da América Latina
Com a abertura da primeira região de nuvem da Microsoft no México na semana passada, a América Latina agora conta com 15 regiões de nuvem pública implantadas em quatro países: Brasil, México, Chile e Colômbia. Elas pertencem à Microsoft, Amazon Web Services (AWS), Oracle, Huawei e Google.
As regiões de nuvem são clusters de datacenters, geralmente compostos por três ou mais sites, muitas vezes chamados de zonas de disponibilidade, destinados a armazenar e processar dados e a oferecer serviços e conteúdo digital localmente.
À medida que a demanda por streaming, jogos e serviços na nuvem aumenta, a necessidade de deixar esse conteúdo o mais próximo possível dos usuários finais também aumenta, por isso a disseminação dos datacenters. Isso é importante não só para reduzir a latência – o tempo necessário para a entrega das informações –, mas também para oferecer mais segurança na gestão de dados para empresas e governos.
Reguladores e outras autoridades exigem que determinados dados sejam mantidos localmente – medida conhecida como soberania de dados ou residência de dados –, o que também ajuda a explicar a proliferação de regiões de nuvem com zonas de disponibilidade, além de muitos outros tipos de estruturas de dados, como pontos de borda, pontos de presença, nós e zonas locais.
A BNamericas analisa as regiões de nuvem pública e as zonas de disponibilidade dos principais provedores da América Latina.
MICROSOFT
A Microsoft agora opera duas regiões de nuvem na América Latina.
No México, a recém-lançada região de nuvem México Central, em Querétaro, funciona com três zonas de disponibilidade. O projeto foi anunciado em fevereiro de 2020.
A região de nuvem em hiperescala atenderá empresas locais que precisam executar seus serviços em solo mexicano, além de organizações globais que desejam aproveitar a região mexicana para acelerar sua própria transformação digital.
No Brasil, a empresa opera uma importante região de nuvem em São Paulo, chamada Brasil Sul, que também tem três zonas. Essa região foi lançada em 2014.
O Sul do Brasil é apoiado por uma “sub-região” de nuvem no Rio de Janeiro (Sudeste do Brasil), inaugurada em 2021, embora não seja mais listada oficialmente como uma região de nuvem pela empresa.
Conforme noticiado anteriormente pela BNamericas, a Microsoft está construindo dois novos datacenters no Brasil: em Hortolândia e Sumaré. Esses sites serão adicionados à região de nuvem de São Paulo.
Além do Brasil e do México, a empresa trabalha em sua primeira região de nuvem no Chile. A Microsoft afirma que a região será lançada “em breve”.
Em dezembro de 2021, a Microsoft apresentou a iniciativa do datacenter Quilicura para avaliação ambiental, mais de um ano depois de anunciar que estabeleceria uma região do Azure no Chile. O projeto foi orçado em US$ 317 milhões na época.
De acordo com a descrição do projeto, a primeira instalação ocupará uma área de aproximadamente 68.000 m², com uma subestação elétrica redundante de 26 MVA (que será a principal fonte de energia) e uma linha de alta tensão de circuito duplo (2x110 kV), conectando a subestação do datacenter à subestação Chacabuco existente.
O datacenter faz parte do plano quadrienal “Transforma Chile”, da Microsoft, divulgado em setembro de 2020.
Em todo o mundo, a empresa relata ter 60 regiões de nuvem, número que seria maior do que o de qualquer outro provedor de nuvem.
ORACLE
A Oracle inaugurou em 2023 sua segunda região de nuvem no México, localizada em Monterrey, a segunda em Valparaíso, no Chile, e a primeira na Colômbia, na capital Bogotá.
Com os novos lançamentos elevando o total para sete, a Oracle se tornou o provedor público com mais regiões de nuvem na América Latina: duas no Brasil, duas no México, duas no Chile e uma na Colômbia. Foi também a primeira a ter duas regiões no Chile e a primeira a lançar uma região de nuvem na Colômbia.
No Brasil, a empresa opera as regiões de nuvem Brasil Leste (na cidade de São Paulo) e Brasil Sudeste (em Vinhedo, na região metropolitana de São Paulo), inauguradas em agosto de 2019 e maio de 2021, respectivamente.
No México, a México Central (Querétaro) foi inaugurada em julho de 2022 e a México Nordeste (Monterrey) em setembro de 2023.
As regiões Chile Central (Santiago) e Chile Oeste (Valparaíso) foram ativadas em novembro de 2020 e dezembro de 2023, mesmo mês em que a Colômbia Central (Bogotá) entrou em operação.
No Brasil, a empresa vem negociando com autoridades governamentais sobre a potencial criação de uma região de nuvem “soberana” ou até mesmo orientada para o governo no país.
“Temos investido muito na região, e agora temos três vezes mais regiões na América Latina do que nossos principais concorrentes”, disse Gabriel Vallejo, COO da Oracle para a América Latina, em entrevista à BNamericas em dezembro.
Atualmente, a Oracle reporta 66 datacenters distribuídos em 48 regiões de nuvem em 24 países.
AWS
Líder global em contratos de nuvem pública, a AWS opera uma região de nuvem na América Latina, com três zonas de disponibilidade (datacenters exclusivos).
A região de nuvem de São Paulo entrou em operação em 2011 como uma das primeiras empresas de nuvem pública na América Latina.
A partir desta zona principal de São Paulo, a empresa oferece conectividade regional por meio de locais de borda e zonas locais para diferentes cidades da região. Essas estruturas estão localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Querétaro, Bogotá, Buenos Aires, Santiago e Lima.
A AWS planeja abrir sua primeira região mexicana, a segunda do grupo na América Latina, no início de 2025. No total, a empresa pretende investir mais de US$ 5 bilhões em três datacenters no México.
A AWS diz que outros provedores de nuvem geralmente definem uma região de nuvem como um único datacenter, mas, no caso dela, cada região consiste em um mínimo de três zonas de disponibilidade isoladas e fisicamente separadas dentro de uma área geográfica.
Em todo o mundo, a AWS Cloud abrange 105 zonas de disponibilidade em 33 regiões de nuvem, além de 41 zonas locais.
HUAWEI
Na América Latina, a Huawei possui três regiões principais de nuvem, no Chile, Brasil e México, e duas regiões nacionais, na Argentina e no Peru. Essas cinco regiões abrangem nove zonas de disponibilidade.
Cada zona contém um ou mais datacenters físicos. No caso da Huawei, geralmente são compostos por três sites, fundamentais para fins de redundância, backup e latência.
A Huawei está expandindo sua região de nuvem no Brasil com uma terceira zona de disponibilidade, que planeja abrir no primeiro trimestre deste ano. A BNamericas não conseguiu confirmar se essa ativação ocorreu.
“Na América Latina, a Huawei Cloud é o provedor de serviços em nuvem com mais nós (pontos de conectividade) na região. A Huawei Cloud promove a transformação digital de milhares de clientes locais em setores como finanças, mídia, varejo, logística e internet”, afirmou a empresa em um relatório do ano passado.
Em todo o mundo, a Huawei Cloud opera em 88 zonas de disponibilidade em 30 regiões.
O Google opera duas regiões de nuvem na América Latina, em São Paulo e Santiago, com três zonas de disponibilidade cada.
A região de São Paulo foi lançada em 2017, seguida pela de Santiago em 2022.
Agora, a empresa está trabalhando em uma região de nuvem no México. O projeto foi anunciado em julho de 2022 e a região está sendo desenvolvida em Querétaro.
Na ocasião, a Google anunciou um plano quinquenal de US$ 1,2 bilhão para a América Latina, a fim de expandir a infraestrutura digital, apoiar competências digitais e promover o ecossistema empreendedor, entre outras iniciativas.
O Google reporta 40 regiões de nuvem e 121 zonas de disponibilidade em todo o mundo, além de 187 pontos de presença, em mais de 200 países e territórios.
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