
Distribuidoras de energia do Brasil devem investir R$ 106 bi entre 2023 e 2026

As distribuidoras brasileiras de energia devem investir cerca de R$ 106 bilhões (US$ 20 bilhões) entre 2023 e 2026, disse Ricardo Brandão, diretor-executivo de regulação da associação local Abradee, à BNamericas.
A previsão de capex total dessas empresas para 2022 deve chegar a R$ 32 bilhões.
“Com a retomada do crescimento econômico e a evolução tecnológica do setor elétrico, as distribuidoras precisam estar preparadas para atender à demanda dos clientes. Temos excelentes perspectivas para o setor”, comentou Brandão.
Segundo o executivo, entre 2018 e 2021 foram investidos cerca de R$ 63 bilhões em obras de ampliação, melhoria e renovação das redes de distribuição.
“A consequência é que a qualidade do serviço de distribuição elétrica em 2020 e 2021 apresentou os dois melhores resultados da série histórica, iniciada em 2000”, acrescentou.
No entanto, as distribuidoras de energia do país enfrentam um ambiente desafiador em meio à abertura do mercado doméstico.
À medida que mais consumidores migram para o ambiente de contratação livre, várias concessionárias locais estão passando por um excesso de contratação de energia.
Com isso, leilões recentes para o mercado regulado, como o leilão de energia nova A-5 realizado em outubro, contrataram volumes relativamente baixos de energia.
A melhor forma de lidar com o desequilíbrio entre o mercado regulado – que hoje garante a segurança do sistema elétrico – e o ambiente de contratação livre é uma questão que vem sendo discutida pelas autoridades locais, inclusive por meio da “Lei Federal de Modernização” do setor (PL 414/ 2021).
A demanda mínima permitida para migração para o mercado livre atualmente é de 500 kW no caso de consumidores de alta tensão. Porém, um decreto publicado no final de setembro pelo Ministério de Minas e Energia (MME) tornará todos os consumidores de alta tensão aptos a migrar, independentemente da carga, a partir de janeiro de 2024.
Segundo cálculos do ministério, com a medida, cerca de 106 mil novas unidades consumidoras poderão ingressar no mercado livre – 10 vezes o contingente atual de aproximadamente 10,7 mil consumidores.
“Se mais consumidores decidirem comprar de um varejista [no mercado livre], aqueles que ficarem no mercado regulado acabarão tendo uma carga tarifária maior”, destacou Hermano Pinto Júnior, diretor de prática de energia e infraestrutura da Informa Markets, em bate-papo com a BNamericas.
De acordo com ele, será preciso criar instrumentos de segurança para o mercado livre, exigindo garantias dos agentes vendedores de que a energia chegará aos consumidores nos horários de pico de consumo.
Outra questão delicada é a mudança nas características da rede elétrica nacional nos próximos anos com a introdução de novas tecnologias.
“Por exemplo, no caso dos carros elétricos, eles podem ser carregados em um edifício ou em um posto de gasolina na estrada, portanto a rede deixa de ser determinística e passa a ser probabilística”, explicou Pinto Júnior.
Para ele, investimentos em medidores digitais de consumo de energia e inteligência artificial serão necessários para permitir uma transição equilibrada para o mercado livre.
“A abertura [do mercado] vai exigir investimentos em redes inteligentes e melhorias na conectividade da rede. Isso terá de ser levado para uma dimensão mais micro, entendendo o comportamento de diferentes grupos de consumidores”, acrescentou Pinto Júnior.
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