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Empresas locais experientes prontas para aproveitar primeiro as oportunidades da reforma do mercado de energia da Argentina

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Empresas locais experientes prontas para aproveitar primeiro as oportunidades da reforma do mercado de energia da Argentina

Espera-se que empresas locais experientes liderem os esforços para aproveitar as oportunidades decorrentes da reforma do mercado de eletricidade da Argentina, focada na desregulamentação, disse a BNamericas.

A Argentina está reformulando seu marco regulatório por meio de um processo iniciado em novembro que deverá levar dois anos para ser implementado.

Pilares fundamentais incluem o retorno a um mercado spot baseado em custos marginais, a expansão do mercado de longo prazo para contratos corporativos de compra de energia (PPAs) e a transferência da responsabilidade pela compra de combustível para os geradores.

A reforma representa “uma oportunidade muito grande para os atores locais que já estão estabelecidos e conhecem o mercado”, disse Marco Zazzini, gerente-geral adjunto  da consultoria regional de energia sediada no Chile Anabática Renovables.

“A Argentina tem o que poderia ser chamado de uma vantagem: tem empresas que estão muito acostumadas a operar domesticamente. E, desse lado, surgirão condições de mercado que favorecem o investimento estrangeiro. Os primeiros, porém, serão os players locais — disso não tenho dúvida,” acrescentou Zazzini.

Em termos de gestão de combustível, YPF Luz e Pampa Energía — a primeira por meio da controladora YPF, a maior produtora de hidrocarbonetos da Argentina — começaram a adquirir gás por conta própria para usinas termelétricas.

Inicialmente, a autoprodução será voluntária, com incentivos para os primeiros adotantes, antes de se tornar obrigatória posteriormente.

Participantes locais, incluindo YPF e YPF Luz, também estiveram entre os primeiros a obter benefícios no âmbito do regime de incentivos ao investimento Rigi do país.

Enquanto isso, espera-se que detalhes regulatórios em letras miúdas para orientar a implementação da reforma do mercado de energia comecem a surgir nos próximos meses.

Uma das principais oportunidades para os geradores — em particular os produtores de energia hidrelétrica e termelétrica — é a possibilidade de firmar PPAs diretamente com offtakers privados. Antes da reforma, esses contratos eram em grande parte restritos aos fornecedores de energia eólica e solar.

Entre os desafios está o fortalecimento da situação financeira das distribuidoras de eletricidade, muitas das quais acumularam dívidas. No novo modelo, espera-se que essas mesmas empresas assinem PPAs com geradoras.

No marco atual, a administradora do mercado atacadista Cammesa atua como intermediária, absorvendo o risco comercial.

“Essa é uma tarefa, um desafio que o mercado enfrenta — alcançar essa solvência para que possa haver um mercado saudável sob a estrutura de PPA com eles,” disse Zazzini.

A reforma encerra um período de forte intervenção no mercado que começou em 2013, quando o governo suspendeu os PPAs entre geradores termelétricos e hidrelétricos e compradores privados.

Com escritórios em Santiago e Buenos Aires e mais de 20 anos de experiência, Anabática Renovables oferece serviços de consultoria técnica e financeira focados em projetos de energia eólica, solar e de armazenamento de energia.

(A versão original deste conteúdo foi escrita em inglês)

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