
Nacionalização do lítio no México gera nervosismo entre investidores

A nacionalização do lítio no México foi um grande golpe para a confiança dos investidores em todo o setor de mineração – e o movimento surpreendente continuará minando os gastos no setor em curto prazo, de acordo com executivos de mineração.
Em abril, o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) acelerou a tramitação de uma lei que restringe a mineração e exploração de lítio ao Estado, por meio de uma nova empresa estatal que deve ser criada este mês.
O México não é um produtor de lítio, mas isso deve mudar quando a Ganfeng Lithium iniciar as operações em seu projeto Sonora, de US$ 420 milhões, previsto para o segundo semestre de 2024.
Apesar de inicialmente sinalizar que a Ganfeng não teria permissão para avançar em Sonora, AMLO disse que as concessões do ativo agora serão respeitadas, desde que os contratos de concessão estejam em ordem.
As reações iniciais à nacionalização entre os membros da indústria variaram de surpresa a perplexidade – e crescente inquietação sobre o que está por vir nos últimos anos de AMLO no cargo.
“O que isso significa? Não há indústria de lítio no México”, afirmou James Anderson, CEO da Guanajuato Silver, focada em prata, à BNamericas.
“Essa é uma questão aberta. O que o governo está tentando fazer? Trata-se de uma abertura para tentar nacionalizar outra coisa? Talvez”, acrescentou.
Os líderes empresariais também ficaram surpresos com a mudança devido ao histórico do México na gestão de indústrias extrativas, com a estatal Pemex entre as empresas de petróleo e gás mais endividadas do mundo.
“Pensávamos que o governo federal olharia para ela [Pemex] e diria: ‘talvez não sejamos tão bons em administrar essas indústrias extrativas, talvez devêssemos deixar a indústria fazer isso’”, disse Anderson.
“Mas os socialistas responsáveis por esses países tomam decisões que são filosóficas, e não pragmáticas, por natureza.”
RISCO PARA OS LANÇAMENTOS
Embora a AMLO não tenha anunciado planos de nacionalização de outros minerais, surgiram preocupações sobre o texto da lei de nacionalização, que se aplica ao “lítio e outros minerais considerados estratégicos pelo Estado”.
Essa ameaça de precedente é algo que não agrada os investidores institucionais, disse Michael Wood, CEO da exploradora de ouro Reyna Gold, com foco no México, no evento Mexico Mining Forum 2022 Echo, realizado no mês passado.
“Tudo bem, você nacionaliza o lítio, mas o que diz que você não vai nacionalizar ativos maiores, como prata, cobre ou ouro?”, questionou Wood.
Os resultados sobre os investimentos provavelmente serão duradouros.
“Vai demorar um pouco para que tudo se acalme. Para muitos investidores com quem conversamos, o México está fora do radar agora por causa disso”, disse ele.
“Até que o governo volte atrás ou haja confirmação para o mercado de que não haverá mais nada nesse sentido, muitos dos maiores investidores estão hesitantes.”
FATOR DE CHOQUE
Christine West, CFO da Endeavor Silver, cujas duas minas de prata ficam no México, disse que a nacionalização do lítio, juntamente com o congelamento de novas concessões minerárias por AMLO, resultou em um aumento da preocupação dos investidores.
“Não tivemos novos impostos de mineração, no geral o cenário tem sido bastante estável, mas alguns eventos talvez tenham desencadeado um pouco mais de incerteza e preocupação em relação ao investimento no México.”
Parte do impacto negativo da nacionalização foi seu “fator de choque”, disse West, já que a medida foi aprovada em dias e foi uma surpresa para o setor.
“Uma das maneiras de lidar com isso talvez seja uma melhor sinalização do governo, em oposição a uma ação rápida que pega as pessoas de surpresa. Isso esclarece parte dessa incerteza e permite que as pessoas tomem atitudes adequadas”, avaliou ela.
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