Private Oil & Gas cresce no onshore com R$ 500 milhões em contratos

A brasileira Private Oil & Gas está ampliando sua presença no segmento onshore, acumulando R$500 milhões (US$92,7mi) em contratos, e já se prepara para uma entrada gradual no offshore.

O braço de óleo e gás do grupo Private, da área de construção civil, presta serviços de manutenção, construção, montagem eletromecânica e fabricação de estruturas metálicas. 

Seus negócios vêm ganhando tração com o aumento das interdições impostas pela ANP em instalações de produção.

“Fazemos a consultoria da norma técnica a que os clientes precisam se adequar, a execução do projeto e a execução da obra final, tudo isso em tempo recorde para liberar a produção”, disse à BNamericas a diretora de operações da empresa, Gabriela de Moraes.

Entre seus clientes estão Brava Energia, Seacrest e a Transportadora Associada de Gás (TAG), responsável pela operação de gasodutos de transporte.

As interdições no onshore refletem o envelhecimento das plantas adquiridas pelas operadoras pelo processo de desinvestimentos da Petrobras. Muitas instalações sofreram anos de subinvestimento e deixaram de atender às exigências técnicas. 

“As plantas eram muito antigas, estavam desatualizadas ou com problemas”, explicou Moraes.

Segundo a executiva, as interdições estão diretamente relacionadas à segurança operacional, prevenção de acidentes ambientais e proteção dos trabalhadores. 

Com fiscalizações mais frequentes, algumas operadoras aguardam auditoria para iniciar adequações, enquanto outras já adotam medidas preventivas.

“O foco da Private é a execução da obra, manutenção e operação de campo. O serviço de auditoria vira um bônus conforme a necessidade do cliente”, afirmou.

A empresa planeja iniciar sua atuação offshore em 2026, começando por plataformas em águas rasas antes de avançar para FPSOs. O movimento envolve reforço do corpo técnico e investimentos em equipamentos. A estratégia é aproveitar a reputação construída no onshore para buscar oportunidades entre clientes que operam também no mar.

Para Moraes, o setor vive um ciclo de investimentos robusto, especialmente em adequações e em iniciativas voltadas ao aumento de produção. Ela também aponta um aquecimento da demanda por descomissionamento.

“Queremos estar entre os primeiros a estar preparados para atender a essa demanda, mas a prioridade imediata é a estruturação da entrada no offshore”, disse Moraes.

(A versão original deste conteúdo foi redigida em português)