
Provedores de internet de médio porte reveem estratégias para obter mercado

Os provedores de serviços de internet (ISPs) brasileiros de médio porte estão reorganizando suas estruturas operacionais e reformulando suas estratégias, em busca sustentar o crescimento em um mercado altamente competitivo sob condições macroeconômicas desafiadoras.
Entre eles, a Alares está centralizando as operações e iniciando uma nova marca, substituindo o Grupo Conexão, sob o qual atuava anteriormente.
A empresa é controlada pelo fundo norte-americano Grain Management desde junho de 2021 e relata 13,7 mil quilômetros de fibra implantada, 1,7 milhão de residências passadas, 506 mil assinantes e 2 mil funcionários, com operações em 100 cidades de 6 estados brasileiros.
“Nos posicionamos como protagonistas no mercado. Como consolidadores. Obviamente, vamos analisar oportunidades que façam sentido dentro da nossa estratégia”, disse à BNamericas o CEO da Alares, Denis Ferreira.
A Conexão/Alares foi formada após a aquisição de 18 ISPs, em um processo iniciado em 2015.
Nos últimos 12 meses, a empresa também adquiriu as provedoras IP3 Tecnologia, NHA Chica Provedor de Internet, Resendenet, Ntcom Telecomunicações, Netvga Serviços em Telecomunicações e Sapucaí Telecom.
Todas as marcas deixarão de existir até ao final do primeiro trimestre de 2023 e estarão totalmente integradas na Alares.
A empresa também está executando várias iniciativas para acelerar a evolução da rede, simplificar e digitalizar processos e produtos, e implementar as melhores práticas de negócios, acrescentou Ferreira.
O Grupo Alares registrou prejuízo líquido de R$ 45 milhões (US$ 8,36 mi) no terceiro trimestre, o dobro do prejuízo registrado no mesmo período de 2021. A receita aumentou 12,5%, para R$ 129 milhões, enquanto o número de assinantes cresceu de 46 mil para 506 mil.
O grupo atribuiu o prejuízo ao aumento das despesas financeiras, devido às consultorias contratadas para suas aquisições, bem como aos investimentos em expansão da rede.
Ferreira disse também que a Alares tem uma sólida estrutura de caixa e é bem financiada pela Grain Management. O fundo dos EUA reporta mais de US$ 7 bilhões em ativos sob gestão e 16 empresas de TIC em seu portfólio, sendo a Alares a única na América Latina.
A Alares também foi recentemente liberada pelo Ministério das Comunicações para emitir debêntures de infraestrutura no valor de R$ 550 milhões. O objetivo agora é rentabilizar os investimentos.
“Não temos um ritmo acelerado de casas passadas. Queremos acelerar a taxa de ocupação da nossa rede e rentabilizar o investimento que já tínhamos feito”, explicou Ferreira. “Estamos tendo uma estratégia bastante diligente.”
CAMADA MÉDIA
A Alares é um ISP de médio porte no Brasil, distante dos líderes de mercado, mas muito à frente dos pequenos provedores atuando em apenas uma ou duas cidades.
Estima-se que cerca de 16 mil ISPs registrados formalmente operem em todo o Brasil. Destes, apenas algumas centenas estariam realmente ativas, com funcionamento e estrutura mínima de atendimento.
Esses players alavancaram a expansão da banda larga fixa, principalmente via fibra, nos últimos anos.
De acordo com a Anatel, ISPs e provedores locais lideraram o mercado de banda larga fixa com uma participação combinada de 35,7% em setembro, e 43,5% em banda larga de fibra especificamente.
O mercado também está sujeito à consolidação, que ocorreu principalmente entre os ISPs de médio e pequeno porte.
Segundo a Associação Brasileira de Internet (Abranet), houve pelo menos 80 transações desse tipo em 2021, tornando os provedores de médio porte maiores e atraentes para aquisição por provedores e fundos maiores.
Felipe Hildebrand, sócio de comunicação, mídia e tecnologia da consultoria Oliver Wyman, disse à BNamericas que “esse mercado continuará ativo no ano que vem em transações. E também veremos alguns ISPs mais bem estruturados lançando serviços móveis, como a Brisanet [ISP líder no Brasil, que comprou licenças no leilão de 5G do ano passado].”
Ele acrescentou que “será interessante analisar esse movimento. O fato é que ainda existem alguns ISPs bastante imaturos no mercado.”
Mais recentemente, 280 ISPs, com 5 milhões de assinantes combinados em 1,4 mil localidades, entraram juntos no mercado móvel. Esse grupo, denominado ISPs do Brasil, assinou um contrato com a Surf Telecom para criar uma operadora móvel virtual de abrangência nacional.
O acordo prevê cobertura 3G, 4G e até 5G, já que as redes utilizadas serão as da Surf (em São Paulo) e da TIM, com a qual a Surf tem acordo nacional de uso de espectro e compartilhamento de RAN.
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