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Raio-x: os 3 novos projetos de cabos submarinos no Caribe

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Raio-x: os 3 novos projetos de cabos submarinos no Caribe

O Caribe, a América Central e a região médio-atlântica em geral estão entre os pontos ideais mais ativos para projetos de cabos submarinos, como tem reportado a BNamericas.

Esta área conta com diversos projetos nas fases de construção, projeto e engenharia. Os sistemas anunciados anteriormente incluem Caribbean Express, Arimao e Gold Data.

Outros foram divulgados recentemente por grandes construtoras e por gigantes da internet e da nuvem, como o Google.

Grandes empresas de tecnologia estão liderando a maior parte do atual boom no mercado internacional de tráfego de dados.

O tamanho do mercado global de cabos submarinos (energia e telecomunicações) foi estimado em US$ 27,6 bilhões no ano passado, de acordo com a GrandView Research, e deverá crescer a uma taxa anual composta (CAGR) de 5,9% de 2023 a 2030.

Tal crescimento vem sendo alimentado por uma combinação de fatores, principalmente o aumento dos investimentos em parques eólicos offshore; conexões entre países e ilhas para melhor fornecimento de energia e comunicações de transporte de dados; demanda por nuvem; e o aumento dos investimentos na perfuração de petróleo e gás em águas profundas.

A BNamericas analisa três novos projetos anunciados para o Caribe.

TAM-1

Com 7 mil km de extensão e ligando a Flórida à América Central e ao Caribe, a construção do Sistema de Fibra Trans Caribenho – ou simplesmente TAM-1, como foi rebatizado – começou este mês e está previsto para estar pronto para serviço em 2025.

O cabo é propriedade da Trans Americas Fiber System, uma empresa do Reino Unido com apoio de Global Telecommunications Investment e LW Subsea Holdings. Ele vem sendo construído pela texana Xtera e tem a AT&T como inquilina-âncora.

A Xtera também é contratante EPC para outros cabos submarinos importantes da América Latina, especialmente projetos da GigNet em Cancún, México, e o novo sistema para as ilhas Galápagos, no Equador.

Além disso, espera-se que o TAM-1 seja apenas a primeira parte de uma rede mais ampla.

“O TAM-1 é a primeira etapa de um projeto mais amplo de infraestrutura digital, que será realizado ao longo dos próximos cinco anos, criando uma rede de grande escala e alta confiabilidade em toda a Bacia do Caribe, com extensões para o Pacífico Sul-Americano”, afirmaram as empresas em comunicado.

O sistema terá 24 pares de fibra ótica e está previsto para ter 11 estações de pouso ao longo de seu percurso. Estes ainda não foram totalmente especificados, mas incluem Porto Rico, St. Thomas, St. Croix e Tortola.

AMX-3/TIKAL

Telxius e América Móvil uniram forças e anunciaram no início deste ano um novo sistema ligando Boca Raton, na Flórida, a Puerto Barrios, na Guatemala, com possíveis extensões para Cancún e Barranquilla, na Colômbia.

O cabo AMX-3/Tikal, de 1.000 km – com as extensões cogitadas – está projetado para ter capacidade inicial estimada de 190 Tbps e também para ser ativado em 2025.

Apesar de ser copropriedade, o projeto tem nomes diferentes: AMX-3 para a América Móvil e Tikal para a Telxius, subsidiária de infraestrutura da Telefónica.

A ASN, da Nokia, é a fornecedora de cabos. Tikal se junta a outros sistemas de propriedade total ou parcial da Telxius na América Latina, como Brusa, Tannat, Junior, Mistral, SAM-1 e PCCS. A empresa afirma que Tikal é o sétimo cabo de próxima geração a completar sua rede global desde 2018.

Puerto Barrios também é ponto de pouso dos cabos AMX-1, América do Sul 1 (SAM-1) e ARCOS.

Detalhe do cabo Tikal, na cor roxa, com suas possíveis extensões em pontos. Crédito: Telxius

NUVEM

Continuando sua estratégia de ter cabos para uso próprio, ao invés de compartilhados com outras empresas como no passado, o Google anunciou esta semana o Nuvem, um cabo que atravessa o Atlântico e com ponto de pouso caribenho nas Bermudas.

Espera-se que todo o sistema esteja pronto para serviço em 2026, ligando a Carolina do Sul a Portugal. O contrato EPC ainda não foi revelado, mas para seus projetos recentes o Google se associou à empresa norte-americana SubCom.

O Google não divulgou o comprimento exato do sistema, mas considerando as distâncias envolvidas ele não deve ser inferior a 6,3 mil km.

As Bermudas, por seu lado, estão avançando com planos para desenvolver um corredor de telecomunicações submarino entre as Américas, a Europa Ocidental e África, com nova legislação aprovada nos últimos anos para facilitar o desenvolvimento da indústria.

A principal delas foi a Lei de Permissão e Licenciamento de Cabos Submarinos, aprovada em 2020.

Atualmente, Bermudas possui quatro cabos conectados à sua costa: o Caribe-Bermudas US (CBUS), de propriedade da Liberty Latin America (LLA) e lançado em 2009; o Challenger Bermuda-1 (CB-1), de propriedade da One Communications e lançado em 2008; Gemini Bermuda, também LLA, que entrou em operação em 2007; e o sistema da GlobeNet, de propriedade da brasileira V.tal e ativado em 2000.

Rota do cabo Nuvem. Crédito: Google



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