
American Tower descarta investimentos em datacenters na América Latina

Ao contrário de alguns de seus pares, o grupo norte-americano de torres de telecomunicações American Tower Corporation (ATC) não está considerando a entrada no mercado latino-americano de datacenters – pelo menos não em um futuro próximo.
Segundo o CEO Tom Bartlett, apesar de todo o “estardalhaço” a respeito da compra de datacenters fora dos Estados Unidos, esse não é o foco da empresa no momento.
“Com relação a fusões e aquisições no segmento de datacenters, estamos muito focados no desenvolvimento do mercado dos EUA”, disse Bartlett a analistas e investidores em uma conferência de resultados.
“Os EUA são nosso tabuleiro de xadrez agora para nossas atividades de datacenter.”
Em dezembro, a ATC concluiu um acordo de US$ 10,1 bilhões para adquirir 25 datacenters, 21 estruturas de nuvem e mais de 32.000 interconexões em oito grandes mercados dos EUA da CoreSite.
Em agosto, a empresa fechou um investimento de US$ 2,5 bilhões da Stonepeak no negócio de datacenters dos EUA, ao mesmo tempo em que garantiu um financiamento adicional de US$ 570 milhões da Stonepeak.
O investimento original deu à Stonepeak cerca de 23% da CoreSite. Com o financiamento adicional, sua participação deverá chegar a 29%.
De acordo com Bartlett, o negócio de datacenters está indo bem nos EUA, e mais de 20% dos empreendimentos de datacenter da ATC em construção já estão pré-locados.
“Nosso portfólio de torres, juntamente com nosso negócio de datacenter nos EUA, representa um portfólio distribuído de imóveis com acessibilidade a uma rede central interconectada de maneira robusta e acesso nativo à nuvem mediante locação. Acreditamos que a combinação dessas plataformas será fundamental à medida que o processamento de dados se estende do núcleo à borda”, ressaltou ele.
Na América Latina, outros grandes grupos de infraestrutura imobiliária ou fundos que operam no segmento de torres estão adicionando ou pensando em adicionar datacenters ou datacenters de borda a seus portfólios.
É o caso da DigitalBridge, IHS Towers e Phoenix Tower International, por exemplo.
A ATC, no entanto, parece estar focada no seu negócio principal de torres de celular e, em alguns mercados da América Latina, fibra ótica.
“Na América Latina, estamos aumentando nossas expectativas de crescimento orgânico para mais de 7%, um aumento modesto de aproximadamente 7% no nosso guidance anterior, refletindo a continuidade dos benefícios de escalonamento vinculados ao IPC na região”, disse o CFO Rod Smith.
Em geral, uma cláusula de escalonamento nos contratos de locação de torres garante que os contratos acompanhem a inflação.
No entanto, a ATC espera níveis elevados de churn nos próximos 12 a 18 meses na região, à medida que a consolidação das telcos avança em alguns mercados, particularmente no Brasil e no México, apontou Bartlett.
De maneira mais imediata, a ATC vê as taxas de churn na América Latina passando de cerca de 5% no terceiro trimestre para mais de 8% no quarto trimestre, de acordo com Smith.
Como parte desse processo, a empresa também identifica uma aceleração nas liquidações relacionadas ao descomissionamento na região, que devem totalizar aproximadamente US$ 85 milhões no ano.
IMPLANTAÇÕES
Em todo o mundo, a American Tower manteve seu guidance de construção de aproximadamente 6.500 novos sites este ano.
A empresa construiu 1.578 sites no mundo no terceiro trimestre, 68 deles na América Latina. No mesmo trimestre do ano passado, as novas construções na América Latina foram 202.
A América Latina é a segunda principal área de atuação da ATC depois dos EUA e Canadá, tendo representado 16,1% da receita total de propriedades do terceiro trimestre.
A receita total na região foi de US$ 420 milhões no trimestre, acima dos US$ 391 milhões no mesmo período de 2021. As vendas de janeiro a setembro na América Latina totalizaram US$ 1,27 bilhão, em comparação com US$ 1,09 bilhão no ano anterior.
De seu portfólio na América Latina de 45.558 torres próprias, 20.643 ficavam no Brasil, ante 22.839 no final de junho.
Em número de torres, o Brasil é o terceiro maior mercado da ATC depois dos EUA e da Índia.
Outros destaques na América Latina foram no México (9.627, ante 10.027), Colômbia (4.977, ante 4.982), Peru (3.938, ante 4.379), Chile (3.738, ante 3.875), Paraguai (1.445, estável) Costa Rica (695, ante 697) e Argentina (495, ante 503).
A ATC também registrou mais 2.688 torres operadas na América Latina, das quais 2.052 estavam no Brasil. As torres operadas são mantidas em arrendamentos financeiros de longo prazo, inclusive aquelas sujeitas a opções de compra.
Por fim, o grupo informou que tinha 371 sistemas de antenas distribuídas (DAS) próprios na região no final de setembro, dos quais 138 estavam no Chile, 121 no Brasil e 92 no México.
Os principais clientes da ATC na região são a Telefónica, com contratos de torre em todos os mercados, exceto Peru; AT&T (contratos na Argentina, Brasil, Colômbia e México); América Móvil (todos os mercados); e Telecom Italia.
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