Paraguai: Ande e Neogreen assinam contrato para hidrogênio verde

Comunicado da Ande

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De acordo com o planejamento da referida empresa, o projeto será dividido em duas fases, e terá início por meio de dois estudos de viabilidade. Uma vez concluído o primeiro estudo de viabilidade (Fase I), avançará com o projeto de menor escala, voltado principalmente para o abastecimento doméstico de hidrogênio verde e destinado a usuários industriais no Paraguai, para o qual o consumo de energia elétrica será de um mínimo de 10 MW até um máximo de 75 MW. Posteriormente, avançar-se-á num segundo estudo de viabilidade (Fase II), com o qual serão necessários 225 MW adicionais. No total, serão necessários 300 MW.

O Contrato estabelece os direitos e obrigações assumidos pelos contratantes quanto à Prestação do Serviço de Conexão e Fornecimento de Energia Elétrica à NEOGREEN Hydrogen Corporation em Muito Alta Tensão (220.000 volts), nos termos da Lei nº 966/64 e Tabela de Preços vigente.

Todos os termos e expressões técnicas entre a ANDE e a NEOGREEN Hydrogen Corporation têm o significado estabelecido no Capítulo 3 - Definições da Tabela Tarifária nº 21, aprovada pelo Decreto nº 6.904 do Poder Executivo da Nação, de 10 de março de 2017 em vigor e aquele que o substitua no futuro, durante a vigência do contrato.

A Tarifa de fornecimento à NEOGREEN Hydrogen Corporation corresponde à Categoria 620 de Muito Alta Tensão da atual Ficha Tarifária Nº 21 ou a que vier a substituí-la em futuras tarifárias, e de acordo com os critérios comerciais vigentes.

A NEOGREEN Hydrogen Corporation deve se adequar a qualquer modificação, seja na estrutura e/ou reajuste das tarifas, bem como qualquer modificação feita na Tabela Tarifária e regulamentação vigente.

A construção das diversas usinas gerará, oportunamente, em torno de 2.500 e 3 mil fontes de trabalho, isso inclui soldadores especializados, montadores, instrumentistas, eletricistas, pintores, isoladores, obras civis, pedreiros, entre outros necessários ao funcionamento da usina.

Além disso, serão gerados cerca de 7.500 empregos indiretos relacionados ao projeto, incluindo transporte, alimentação, fabricação de estruturas metálicas, tanques e contêineres, concreto e materiais de construção civil, coberturas, pinturas, acabamentos arquitetônicos, pessoal de segurança, setor comercial, logística, entre outros.

Da mesma forma, quando a planta estiver em operação, haverá oportunidades para manutenção especializada da planta, que empregará cerca de 1 mil pessoas a cada 18 meses, e gerará um setor de serviços para atender às novas exigências, seja para fornecer peças de reposição, representação e manutenção de equipamentos rotativos, equipamentos de automação e equipamentos de energia etc.

No que se refere ao pessoal operacional e administrativo permanente, a usina exigirá aproximadamente 250 pessoas entre operadores, gerentes e pessoal de manutenção, todos altamente qualificados e treinados, o que contribuirá para elevar a qualidade de vida na área.

Com a quantidade de produção que a planta gerará, será possível suprir cerca de 30% das necessidades de nitrogênio do setor agrícola paraguaio, o que será um fator determinante para a segurança agrícola paraguaia e contribuirá para a soberania produtiva.

Por fim, a produção de hidrogênio dessa magnitude colocará o Paraguai na vanguarda da transformação energética, com tecnologia de ponta na produção de hidrogênio e sua transformação em fertilizante que garantirá a inclusão do Paraguai nos critérios da economia circular, atraindo assim outras oportunidades de negócios e possível desenvolvimento da cadeia de downstream.