Aneel estabelece preço-teto para próxima licitação de energia

O preço-teto do próximo leilão de capacidade de reserva de energia do Brasil será de R$ 444/MWh (US$ 82,33), de acordo com a Aneel.

Focada na contratação de novas usinas a gás natural, a licitação será realizada no dia 30 de setembro, às 10h, na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo.

Previsto pela lei de privatização da Eletrobras, o leilão irá contratar 1 GW no Norte, com entrega prevista para dezembro de 2026, e 1 GW no Nordeste (700 MW no Maranhão e 300 MW no Piauí), com início de fornecimento um ano depois.

Somente projetos greenfield poderão participar, e as usinas operarão com 70% de inflexibilidade anual, o que significa que estarão funcionando a maior parte do tempo, durante a vigência do contrato.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), foram cadastrados 37 empreendimentos, totalizando 11.889 MW de capacidade instalada.

Cada empreendimento deverá demandar, em média, R$ 1,5 bilhão (US$ 290 mi) em capex, para uma capacidade instalada de cerca de 295 MW.

Flávio Saraiva, economista e professor no IBS Americas, afirmou que o leilão foi interessante porque envolve a contratação de agentes que assumirão a responsabilidade de fornecer o sistema quando necessário.

“Eles irão disponibilizar energia de backup para suprir em tempos de variação climática, alta demanda etc.”, disse ele à BNamericas. Saraiva destacou que este tipo de licitação é mais barato do que os procedimentos de contratação emergencial, como o de outubro de 2021.

“Neste sentido é um mérito, mas é algo novo, que ainda vai precisar de melhorias e depende de um bom planejamento por parte do governo”, acrescentou.

Conforme noticiado pela BNamericas, empresas como Eneva, BTG Pactual (por meio do grupo Geramar), Dislub Equador, Evolution Power Partners, Estrutura, Gas Trading e Ponte Nova são potenciais licitantes.

Fontes locais próximas ao assunto acreditam que Pátria Investimentos, Petrocity, Neoenergia, Cobra Brasil, Celeo Redes Brasil e Cymi também podem ter apresentado projetos.

A maioria das turbinas de geração de energia dos empreendimentos será fornecida por Mitsubishi ou General Electric.