As empresas impactadas pelo mal-estar do setor petrolífero colombiano

Mais de um quarto dos contratos ativos de exploração e produção de hidrocarbonetos (E&P) da Colômbia foram paralisados enquanto os operadores enfrentam riscos políticos e sociais crescentes, mostram dados oficiais.

Segundo dados fornecidos pela Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH), a Colômbia tem atualmente 303 contratos de E&P ativos, dos quais 48 estão em processo de rescisão e 37 estão suspensos.

A empresa estatal Ecopetrol é a operadora mais afetada, com 14 projetos ociosos, seguida por Gran Tierra (13), Amerisur (7), Emerald (4), Parex (4), Hocol (4) e Frontera (4).

No total, 23 empresas entraram com pedidos de rescisão e 18 suspenderam as operações.

A bacia de Caguán-Putumayo, na região amazônica ocidental da Colômbia, recentemente assolada por conflitos, abriga 26 projetos interrompidos, enquanto a bacia de Llanos Oriental tem 19 e a bacia do Vale Médio Magdalena 13.

Grupos industriais afirmam que as partes interessadas no setor de E&P foram afetadas por um clima de investimento incerto e pelas crescentes preocupações de segurança no país andino.

Desde que assumiu o cargo, em agosto de 2022, o presidente Gustavo Petro manteve a promessa de suspender as rodadas de licenciamento para novos contratos de exploração e, ao mesmo tempo, aumentar os impostos sobre os produtores.

Também houve relatos de aumento da violência e desordem pública, razões pelas quais empresas como GeoPark, Emerald e Frontera tentaram abandonar blocos na bacia Caguán-Putumayo.

Segundo os últimos números da Câmara Colombiana de Bens e Serviços de Petróleo, Gás y Energia (Campetrol), o número de plataformas de exploração de petróleo e gás na Colômbia caiu 23% desde janeiro. O número ficou em 115 em outubro, o nível mais baixo desde junho de 2021.