
Aumento das exportações argentinas de gás desacelera com extensão do plano de incentivos
Os despachos de gás da Argentina para o exterior continuaram em alta em outubro, embora em um ritmo mais lento do que nos meses anteriores, depois que as autoridades que trabalham para estender e adaptar o esquema de incentivos à produção Plan Gas ajustaram as regras de exportação.
O país exportou 8,65 MMm³/d (milhões de metros cúbicos por dia) no mês, alta de 36% em relação ao ano anterior. O crescimento registrou 479% em setembro, segundo dados da reguladora Enargas.
A Argentina produziu 136 MMm³/d de gás natural em setembro, um aumento de 2,4% em comparação com o ano anterior, de acordo com o think tank de energia Instituto General Mosconi. A estatal Energía Argentina está construindo um novo gasoduto para aliviar um gargalo de despacho no centro de produção da bacia de Neuquén, apoiando o crescimento da produção. Os trabalhos de soldagem no duto de 573 km – que as autoridades querem que esteja operacional até a metade de 2023, prazo considerado um grande desafio – começaram em Salliqueló, na província de Buenos Aires.
CHILE
A maior parte das exportações de outubro – 7,11 MMm³/d – foi enviada pelo duto GasAndes, que liga a bacia de Neuquén à região metropolitana da capital chilena, Santiago. As exportações para o Chile pelo gasoduto aumentaram 102% em relação ao ano anterior, em comparação com uma expansão de 552% em setembro.
Os produtores argentinos tendem a assinar contratos com offtakers chilenos para fornecer gás em uma base firme durante os meses mais quentes de outubro a abril.
Em algum momento, podem ser necessários investimentos em gasodutos para apoiar o crescimento, dependendo da demanda no Chile. A capacidade nominal do GasAndes é de 10,5 MMm³/d, mas a capacidade real é de cerca de 5 MMm³/d no inverno e 9 MMm³/d no verão devido à capacidade disponível da infraestrutura alimentadora operada pela concessionária de midstream TGN.
Enquanto trabalha para aumentar a produção de gás para substituir as caras importações de GNL e estimular uma indústria exportadora durante todo o ano, a Argentina precisa de offtakers para absorver o excesso de produção quando a demanda doméstica cai, nos meses mais quentes. As exportações de gás são mais lucrativas do que as vendas internas.
Em outubro, a Argentina também enviou 280.000 m³/d para o Chile através do Gasoduto del Pacífico, de 5,2 MMm³/d, que vai do campo Loma de la Lata, da bacia de Neuquén, até a região centro-sul chilena de Biobío. Além disso, o país transportou 340.000 m³/d e 620.000 m³/d através dos dutos Methanex YPF e Methanex SIP no extremo sul, respectivamente.
URUGUAI E BRASIL
Em outubro, o vizinho Uruguai comprou 290.000 m³/d através do gasoduto Cruz del Sur e 10.000 m³/d pelo duto PetroUruguay.
O Brasil não importou gás pelo gasoduto TGM, que alimenta uma termelétrica próxima à fronteira.
PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO DE EXPORTAÇÃO DE GÁS
O departamento federal de energia da Argentina publicou dois pedidos de autorização de exportação de gás em outubro, ante cinco em setembro.
Fornecedor: Tecpetrol
Comprador: Metrogas
Quantidade máxima: 1,5 MMm³/d, a partir da data de autorização até 1º de maio de 2025 (base interrompível)
Bloco fonte: Fortín de Piedra
Fornecedor: Tecpetrol
Comprador: Enel Generación Chile
Quantidade máxima: 3,0 MMm³/d, a partir da data de autorização até 1º de maio de 2024 (base interrompível)
Bloco fonte: Fortín de Piedra
REGRAS DE EXPORTAÇÃO
O governo da Argentina está estendendo para 2028 o Plan Gas, programa de incentivos à produção de 2020-2024, e, em paralelo, buscando contratar produção adicional para ajudar a preencher a futura primeira fase do novo gasoduto.
Como parte do processo, as autoridades listaram os benefícios para os produtores do Plan Gas que também exportam e, em uma resolução posterior publicada no Diário Oficial, alteraram as regras.
Os participantes do Plan Gas que cumprirem seus compromissos de fornecimento teriam direitos preferenciais para exportar gás natural ou GNL em uma base firme durante os meses mais quentes e, potencialmente, os meses de inverno. A Argentina não possui instalações de liquefação em escala de exportação, mas os desenvolvedores estão avaliando diversos projetos.
Um documento aditivo afirma que, para assegurar que as exportações não afetem negativamente o abastecimento interno, as autoridades realizarão, antes da emissão da autorização, uma “análise abrangente e sistêmica das condições operacionais do mercado interno, a fim de comprovar que a demanda interna é atendida com eficiência e garantir a segurança de seu abastecimento em cada caso.”
O documento também descreve as etapas subsequentes e cita eventos de força maior.
“Feita a referida análise, na qual se verificará o cumprimento dos requisitos em relação às exportações firmes e/ou interrompíveis, elas não poderão ser novamente revistas, uma vez concedida a autorização, no caso de autorizações firmes. Não obstante o acima exposto, a autoridade de execução poderá resolver prontamente questões excepcionais (caso fortuito ou força maior) que tenham impacto sobre o fornecimento.”
Os fornecedores firmes de gás só estão isentos do cumprimento dos requisitos em caso de força maior.
Os produtores argentinos estão trabalhando para construir uma indústria exportadora firme durante todo o ano, depois do susto do Chile em 2006, quando as exportações argentinas de gás pararam repentinamente por conta de problemas de oferta doméstica decorrentes de ações sindicais.
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