Barrick defende planos de rejeitos na República Dominicana

A Barrick Gold defendeu seus planos para a construção de uma nova barragem de rejeitos na mina Pueblo Viejo, na República Dominicana, após preocupações com o aumento dos custos de manutenção.

A Barrick, com sede em Toronto, está aguardando as licenças ambientais para a nova barragem, que pretende aumentar a capacidade de rejeitos naquela que é a maior mina de ouro da América Latina.

A barragem é necessária para uma expansão avaliada em US$ 1,3 bilhão em Pueblo Viejo, uma joint venture 60:40 com a Newmont, que estenderá as operações até a década de 2040.

Questionada sobre as reclamações de ativistas ambientais sobre os custos crescentes de manutenção da nova barragem, Juana Barceló, presidente da subsidiária local Barrick Pueblo Viejo, disse que já existem planos para seu eventual fechamento.

Os planos de fechamento devem ser atualizados a cada cinco anos conforme acordos firmados entre a empresa e o governo, apontou ela ao periódico local Diario Libre.

“Sabemos como vamos fechar esta barragem, porque precisamos estabelecer essas cláusulas”, afirmou Barceló a repórteres.

Autoridades da Barrick e da República Dominicana contrataram especialistas independentes para analisar possíveis locais para a nova barragem de rejeitos depois que a empresa descartou a proposta original após violentos protestos no ano passado.

A Barrick e a Newmont investiram US$ 6,4 bilhões na República Dominicana em capex inicial, custos de manutenção e trabalhos de expansão.

A mina emprega cerca de 2.700 trabalhadores e responde por 15% das entradas de investimento estrangeiro direto no país, informou o CEO da Barrick, Mark Bristow, segundo o El Nuevo Diario.