Bolívia planeja primeira produção de lítio da planta de Uyuni para daqui a 18 meses

A estatal boliviana YLB espera que a planta-piloto de 2.500 t/ano que será operada pelo consórcio de capital chinês CBC no salar de Uyuni obtenha sua primeira produção de lítio em 18 meses.

Se a tecnologia de extração direta de lítio (DLE) utilizada na planta funcionar corretamente, será realizada uma expansão modular para aumentar a capacidade instalada para 25.000 toneladas por ano nos dois anos seguintes.

Enquanto avança na construção da planta-piloto, a YLB espera que o CBC tenha os estudos prontos para iniciar o desenho da planta industrial, afirmou à imprensa local o gerente de pesquisa, engenharia e projetos da estatal boliviana, Salvador Beltrán.

O executivo acrescentou que a expectativa da YLB é que, após 18 meses de construção e 6 meses de testes, tudo esteja pronto para a aprovação do contrato de construção da planta industrial.

Na unidade-piloto, além de demonstrar que a tecnologia EDL é aplicável no salar, o CBC deverá concluir os estudos e quantificar a salmoura e a água que serão necessárias para a planta industrial.

Beltrán acrescentou que o CBC também será o cliente final do lítio produzido, “o que garante a estabilidade da produção no longo prazo”.

No último ano, o CBC realizou testes laboratoriais em pequena escala sobre a tecnologia EDL. A planta-piloto determinará se existem recursos exploráveis suficientes para aumentar a produção e permitir uma capacidade futura de 30.000-40.000 toneladas por ano, segundo o executivo.

Beltrán destacou, ainda, que a mineradora boliviana está trabalhando para lançar uma chamada internacional para toda a cadeia de recursos evaporíticos, não só para o lítio.

“Embora o lítio seja o mineral que está em voga por conta das baterias, nosso salar é tão rico que temos muitos outros minerais. Estamos falando de boro e potássio, que estamos explorando atualmente, além de outros metais e terras raras”, observou.