Brasil Potash recebe aprovação de comunidades indígenas para projeto de US$ 2,5 bi

A Brazil Potash, uma subsidiária da empresa de investimentos canadense Forbes & Manhattan, obteve apoio do povo indígena Mura para seu projeto Autazes, de US$ 2,5 bilhões, no estado do Amazonas.

“Este é um marco importante no desenvolvimento do projeto, pois demonstra claramente o respeito pela vontade dos Mura”, afirmou a empresa em comunicado.

Em agosto, um tribunal suspendeu a licença preliminar obtida pela Brasil Potash para o projeto.

A ordem judicial atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, que alegou que diversos procedimentos não foram seguidos corretamente, que o direito constitucional de uso exclusivo de terras indígenas havia sido violado e que havia falta de consulta às comunidades afetadas.

A mina proposta fica no município de Autazes, a 112 km de Manaus. A empresa planeja extrair e processar silvinita para produzir cloreto de potássio, com capacidade de 2,2 Mt/ano (milhões de toneladas por ano), conforme afirmou Adriano Espeschit, CEO da unidade local Potássio do Brasil, em entrevista à BNamericas no início deste ano.

O projeto de potássio não está localizado em terras indígenas, mas fica a 10 km de duas reservas, cujos habitantes têm direito de serem consultados.