Brasil prevê US$71bi em partilha de produção até 2030

Contratos de partilha de produção no Brasil devem demandar US$71 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, segundo projeções da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA).

Esses contratos envolvem áreas localizadas no chamado "Polígono do Pré-Sal", que são consideradas estratégicas pelo governo brasileiro. 

Serão US$20,2 bilhões em 2026, US$18,9bi em 2027, US$12,5bi em 2028, US$11,7bi em 2029 e US$7,7bi em 2030.

Os aportes incluem a entrada em operação de sete novos FPSOs: P-79, P-80, P-82, P-83, Atapu 2 e Sépia 2, operados pela Petrobras, além do FPSO Gato do Mato, da Shell.

A PPSA prevê a perfuração de 15 poços exploratórios entre 2026 e 2028 (considerando-se poços firmes e contingentes) e outros 182 de desenvolvimento da produção até 2030.

Atualmente, existem 25 contratos de partilha assinados com 16 empresas. Do total, 10 foram declarados comerciais ou estão em desenvolvimento ou produção, sete estão em exploração e sete em devolução.

Essa carteira deverá crescer com os cinco contratos relativos aos blocos arrematados na última rodada de oferta permanente de partilha da ANP e com licitações futuras – a próxima, em 2026, prevê ofertar 26 ativos.

Em 2025, os contratos de partilha produziram, em média, 1,3Mb/d de petróleo e exportaram 6Mm³/d de gás. O pico de produção de óleo está previsto para 2033, com 2,164Mb/d, enquanto o de exportação de gás é esperado para 2030 (último ano considerado), com 15,6Mm³/d.

Leilões

Em 2026, a PPSA pretende realizar diversos leilões, incluindo um spot para o campo de Bacalhau em janeiro, além do 6º leilão de petróleo da União em 29 de julho, que ofertará 64 milhões de barris de petróleo de Mero, 21,5 milhões de barris de Búzios, 13 milhões de Bacalhau, 4 milhões de Itapu, 2 milhões de Sépia e outros 2 milhões de Atapu.

A publicação do pré-edital está prevista para março ou abril e a do edital para maio.

Além disso, a PPSA poderá realizar um leilão de gás, cuja execução depende de negociações com a Petrobras para acesso aos sistemas integrados de escoamento (SIE) e processamento (SIP) da estatal, e um novo leilão de áreas não contratadas, nos moldes do promovido este mês.

(A versão original deste conteúdo foi redigida em português)