Brasileiras Equipav e Perfin ganham concessão de US$ 445 milhões em rodovias em Minas Gerais

Um consórcio formado pelo grupo brasileiro de infraestrutura Equipav e a gestora de fundos Perfin venceu o leilão para a concessão da rodovia Sul de Minas Gerais de 454 km, superando uma oferta rival do Consórcio Monte Rodovias.

O consórcio Infraestrutura MG ofereceu um desconto de 14,9% sobre o valor da contrapartida a ser paga pelo Estado de Minas Gerais para as obras da rodovia, o que significa que o governo terá que desembolsar 377 milhões de reais nos três primeiros anos da concessão.

A concessão de 30 anos envolve capex estimado de 2,3 bilhões de reais (US$ 445 milhões) e conclui os planos de concessão da administração do estado de Minas Gerais.

“O leilão de hoje marca o último leilão de concessão da atual administração de Minas Gerais”, disse Fernando Marcato, secretário estadual de infraestrutura, após o leilão.

O Estado é governado por Romeu Zema, que almeja a reeleição por mais quatro anos nas eleições de outubro.

A concessão, estruturada com o apoio do BNDES, envolve a exploração, manutenção, melhorias e ampliação de trechos de diversas rodovias do sul de Minas Gerais.

Esses trechos incluem trechos das rodovias BR-459, CMG-146, LMG-877, MG-173, MG-290, MG-295, MG-455, MG-459 e o Rodoanel Santa Rita de Caldas.

Dos R$ 2,3 bilhões a serem investidos, R$ 1,3 bilhão serão gastos pelo consórcio nos primeiros oito anos do contrato. As principais obras envolvem a construção de 39 km de pistas adicionais.

Este foi o terceiro contrato rodoviário oferecido pelo estado de Minas Gerais recentemente.

Na semana passada, a Infraestrutura MG, formada por Equipav e Perfin, venceu o leilão do pacote de concessões rodoviárias do Triângulo Mineiro no estado. São 627 km de rodovias e capex estimado em R$ 3,17 bilhões.

No início desta semana, a construtora italiana INC venceu o leilão para um contrato de PPP de construção, operação e manutenção de 30 anos para o anel viário de Belo Horizonte de 70 km ao redor da capital do estado.

O contrato prevê investimentos de R$ 5 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões virão do Estado. O INC fez uma oferta que envolve o recebimento de 91 milhões de reais por ano, nos próximos três anos, do estado como contrapartida de financiamento. O outro concorrente, um consórcio formado pela CRCC International Investment e China Railway, pediu R$ 93 milhões.