Candidata à presidência promete reformar economia argentina

A candidata presidencial argentina Patricia Bullrich implementará rapidamente reformas econômicas se for eleita presidente em outubro.

“Nossa ideia é que teremos que enfrentar essas reformas desde o início para estabelecer as condições para o crescimento econômico com algumas reformas estruturais importantes que tentarão promover investimento, emprego e desregulamentação”, disse Luciano Laspina, consultor econômico sênior da campanha de Bullrich, durante um webinar organizado pelo Wilson Center.

Laspina acrescentou que a principal lição do governo Mauricio Macri (2015-19) – no qual Bullrich atuou como ministra da Segurança – foi que as mudanças estruturais não podem ser adiadas.

O programa econômico de Bullrich se concentraria em suspender os controles de capital, reduzir os gastos públicos e combater a inflação.

Laspina explicou que a coalizão Juntos por el Cambio tem potencial para ganhar a presidência e o controle de ambas as casas legislativas, o que marcaria a primeira vez desde o retorno à democracia que um partido não peronista obteve a maioria em qualquer uma delas.

Uma proposta envolve a reforma do Banco Central para garantir a independência da intervenção política, proibindo a instituição de transferir fundos para o tesouro e banindo os controles de capital.

Abandonar os controles de capital foi fundamental, afirmou Laspina, acrescentando que, embora sejam inconstitucionais em países como o Chile, Bullrich não abriria a caixa de pandora de um processo constituinte.

“Controles de capital […] significam basicamente a inadimplência da moeda”, disse ele, aludindo às taxas de câmbio erráticas, que levaram ao surgimento de mercados paralelos.

A campanha de Bullrich também estava elaborando um projeto de lei de proteção de investimentos com incentivos fiscais para projetos acima de US$ 180 bilhões, segundo Laspina.