Claro adverte que renovação de espectro no Uruguai criaria distorção no mercado

A Claro Uruguai olha com cautela os números divulgados sobre a contrapartida que as operadoras devem pagar pela renovação do espectro no país.

“A fórmula que vai além de pagar o mesmo preço de aquisição pode distorcer o mercado”, disse à BNamericas Alejandro Quiroga López, diretor de assuntos regulatórios e institucionais da Claro Argentina, Paraguai e Uruguai. “Acreditamos ser importante que se definam os critérios de renovação, o estabelecimento de regras claras e equitativas para que todos os operadores paguem os mesmos preços por espectro com benefícios semelhantes”, acrescentou.

Embora o valor de mercado das bandas seja estimado em 20% menos do que quando foram inicialmente adquiridas, o governo teria decidido manter o preço. Isso obrigaria a Claro e a estatal Antel a pagar mais de US$ 18 milhões cada uma por suas renovações de espectro. Segundo a imprensa local, o governo uruguaio pode arrecadar até US$ 54 milhões para as reformas.

A Movistar Uruguai se recusou a comentar após ser contatada pela BNamericas. A empresa é a primeira operadora a renovar o espectro, já que parte da faixa de 1.900 MHz expira em dezembro de 2022. Em 2024, as licenças de espectro expiram em 850 MHz e outra parte em 1.900 MHz.

A Claro deverá renovar as licenças do espectro de 1.900 MHz em 2024, enquanto em 2023 será a vez da Antel.