Colômbia aprova regras para novo mercado andino de energia

A Colômbia aprovou regulamentos para um novo mercado andino de eletricidade de curto prazo, à medida que intensifica os planos de integração energética.

As diretrizes descrevem os requisitos operacionais e comerciais para os participantes do mercado nascente, conhecido como MAERCP por sua sigla em espanhol.

“Por quase quatro anos, [nós] trabalhamos em estreita colaboração com os homólogos do Peru e do Equador para desenvolver os regulamentos necessários para a implementação deste mercado, que trará benefícios econômicos e sociais para os países”, informou o Creg, regulador do setor elétrico colombiano, em uma declaração.

Acrescentou que a primeira etapa do MAERCP – envolvendo apenas transações entre a Colômbia e o Equador – está em vias de começar a operar em meados de 2025.

Espera-se que o Peru se junte à iniciativa em 2027, após a conclusão de uma nova interconexão com o Equador.

Segundo Creg, a Bolívia e o Chile seriam posteriormente incorporados no âmbito do Sistema Andino de Interconexão Elétrica (SINEA).

“No novo mercado elétrico regional andino, os participantes poderão oferecer sua energia excedente, o que permitirá um serviço mais eficiente e de maior qualidade, bem como um uso mais eficaz dos recursos dos três países envolvidos”, disse o Creg.

Atualmente, a Colômbia e o Equador compartilham uma interconexão de circuito duplo de 230 kV que permite aos vizinhos trocar até 10 GWh por dia.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, fez da integração elétrica regional um tema-chave de seus planos de política energética desde que assumiu o cargo em agosto passado.

Em março, autoridades colombianas e panamenhas se reuniram para discutir planos para uma ligação elétrica de 500 km e 300 kV que incluiria uma seção subaquática de 130 km e teria capacidade para transportar até 400 MW.

Mais informações podem ser vistas aqui, em espanhol.