Costa Rica investiu mais US$ 1 bi em tecnologia e conhecimento em 2022

A Costa Rica investiu R$ 1,25 bilhão em ciência, tecnologia, pesquisa e desenvolvimento em 2022.

Embora o valor represente uma diminuição face aos dois anos anteriores, a academia concentra a maior percentagem de investimento, com US$ 674 milhões, seguida pelo setor público (US$ 503 milhões), enquanto o setor privado contribuiu com US$ 70 milhões, segundo o último relatório nos indicadores nacionais apresentados esta semana pelo Ministério da Ciência, Inovação, Tecnologia e Telecomunicações (Micitt).

“É muito importante porque mostra uma orientação dos recursos disponíveis para a geração de conhecimento e capacidades de inovação”, disse Paula Bogantes Zamora, titular do Micitt, durante a apresentação do estudo.

“O setor privado tem crescido nos últimos anos e mostra a importância do investimento em ciência e tecnologia para promover o investimento transformador”, acrescentou.

O investimento do setor privado foi de US$ 47 milhões em 2020 e de US$ 69 milhões em 2021. Todo o investimento privado corresponde a pesquisa e desenvolvimento (P&D).

No total, foram alocados US$ 234 milhões para P&D, sendo US$ 164 milhões relacionados com projetos de ensino superior, pesquisa e inovação, entre outros.

Cerca de 74% dos investimentos privados em P&D estão relacionados com o reinvestimento de lucros.

“Na Costa Rica, não temos um cluster de empresas privadas de carácter multinacional ou nacional que nos ajude a aumentar esta percentagem [de investimento em P&D] e é um dos trabalhos que estamos a promover no Micitt”, explicou a ministra.

47% do investimento em atividades científicas, tecnológicas e de P&D corresponde a serviços científicos e tecnológicos e 39% a ensino e formação científica e tecnológica. P&D representa 14%.

As atividades científicas e tecnológicas representam 1,8% do PIB da Costa Rica em 2022, uma diminuição em relação a 2021 devido ao crescimento da economia.

USO DE TIC E SEGURANÇA CIBERNÉTICA

Segundo o relatório, 36% das empresas estavam conectadas por fibra óptica e 35% por modem a cabo. 20% possuíam tecnologias WiMAX/Satélite e o restante percentual possuía outras tecnologias, com 58% utilizando computação em nuvem.

No que diz respeito à segurança informática, 79% das empresas realizam proteção dos dados da empresa, 67% têm as suas redes e conectividade protegidas, 55% têm proteção contra ataques de hackers, 52% têm segurança de aplicações e software e 33% realizam avaliações de segurança internas e externas.

Além disso, 18% possuem proteção de propriedade intelectual e 8% possuem políticas contra ataques cibernéticos.