Equador prevê construção de duas minas por quase US$ 3 bi a partir de 2024

O Equador espera que os trabalhos de pré-construção dos projetos Cascabel e Curipamba comecem até o final do ano e a construção em 2024, disse o ministro de Energia e Minas, Fernando Santos, à BNamericas.

“Há notícias muito animadoras. Estamos negociando a passagem para a fase de produção tanto de Cascabel quanto de Curipamba, que iniciarão a construção de suas minas no próximo ano”, disse o ministro.

O projeto cobre-ouro Cascabel, na província de Imbabura, no norte, pertence à empresa australiana SolGold e exigirá um investimento de US$ 2,75 bilhões.

De acordo com o estudo de pré-viabilidade, a jazida de Alpala – a mais importante da concessão – alberga 9,9 Mt de cobre, 21,7 Moz (milhões de onças) de ouro e 92,2 Mt de prata em recursos medidos e indicados.

Cascabel será uma mina subterrânea que a SolGold espera que se torne uma das 20 maiores minas de cobre e ouro da América do Sul.

Já o projeto de cobre e ouro Curipamba, de US$ 250 milhões, localizado na província de Bolívar, no centro-oeste do Equador, está nas mãos das canadenses Adventus Mining e Salazar Resources. A produção média projetada para a mina é de 21.390 t de cobre equivalente por ano.

Em dezembro, Adventus e Salazar assinaram o contrato de investimento do projeto com o governo equatoriano.

O ministro acrescentou que o Equador prevê até 2023 um aumento na produção das duas únicas minas de grande porte que o país sul-americano tem em operação: a mina de cobre Mirador e a mina de ouro Fruta del Norte, embora não tenha citado cifras.

O governo do presidente Guillermo Lasso dará total apoio ao garimpo legal, com ações das Forças Armadas, Polícia e autoridades judiciárias para combater o garimpo ilegal, disse Santos.

Acrescentou que as Forças Armadas e a Polícia não estarão permanentemente nos acampamentos mineiros, mas haverá patrulhas, principalmente nas zonas de maior risco, devido à violência de garimpeiros ilegais, grupos indígenas e ativistas antimineiros.