Fuga de chefe do tráfico e tumultos em prisões testam Noboa no Equador
O Equador vive novas tensões, em um cenário que impõe ao presidente Daniel Noboa o desafio de enfrentar a primeira crise de segurança de seu governo, após a fuga do principal chefe do narcotráfico do país, Adolfo Macías, o Fito, e tumultos em diversos centros prisionais.
Fito é líder do grupo criminoso Los Choneros, um dos mais perigosos do país sul-americano e suspeito de ter ligações com cartéis mexicanos. Ele foi condenado a 34 anos de reclusão, dos quais já havia cumprido 12, por tráfico de drogas, extorsão, crime organizado, entre outras acusações.
No domingo (7), as forças de segurança perceberam a ausência do criminoso durante uma operação de controle, e até ao momento não há indícios do seu paradeiro.
Enquanto isso, nesta segunda-feira, foram registradas rebeliões em seis centros penitenciários de Cotopaxi e Riobamba, na zona central do país; Azuay e Loja, no sul; El Oro, na costa do Pacífico, onde funcionários do órgão de segurança e vigilância penitenciária foram mantidos reféns; e problemas em uma prisão de Quito, segundo a mídia local.
Em vídeos divulgados pela imprensa, os reféns pediam por suas vidas ao presidente Noboa.
A mídia informou que em Cotopaxi pelo menos 45 servidores eram mantidos reféns.
Os eventos ocorreram depois que a polícia capturou, na última sexta-feira, Fabricio Colón, líder da quadrilha criminosa Los Lobos, acusado pela procuradora-geral, Diana Salazar, de planejar um atentado para assassiná-la.
O secretário de Comunicação, Roberto Izurieta, afirmou em entrevista à televisão que Fito recebeu a informação de que seria transferido da prisão regional de Guayas para o presídio de segurança máxima La Roca, na mesma província.
Analistas locais acreditam que a crise pode se aprofundar devido à falta de uma visão estratégica para enfrentar os problemas de segurança.
“Os acontecimentos demonstram claramente a coordenação dos criminosos e colocam à prova as habilidades de gestão, liderança e negociação do presidente, bem como a necessidade de incluir na consulta popular prevista questões transcendentes, que possam começar a ser aplicadas imediatamente após o resultado da votação”, disse à BNamericas Luis Verdesoto, analista político e ex-secretário de Combate à Corrupção.
Na semana passada, Noboa enviou à Corte Constitucional, para qualificação, 11 questões que pretende submeter à consulta popular este ano.
Entre outros temas, as questões abordam tópicos relacionados a reformas na organização e funcionamento das Forças Armadas para o combate ao crime organizado nacional e transnacional; aumento nas penas para crimes como terrorismo, produção e tráfico de drogas, crime organizado, assassinatos por encomenda, lavagem de dinheiro e mineração ilegal.
No entanto, Noboa tem sofrido duras críticas, porque, por um lado, não incluiu a questão da extradição solicitada por vários setores e, por outro, não há temas específicos na consulta, que, se aprovada, exigiria projetos que teriam de passar pela Assembleia Nacional.
Noboa, que assumiu a presidência em novembro, anunciou na semana passada que construirá presídios de segurança máxima semelhantes às instalações do México e de El Salvador, com as mesmas empresas responsáveis pelas construções nesses países.
Nos últimos anos, as prisões equatorianas têm sido palco de repetidos massacres entre presos que disputam o controle dos centros penitenciários e das ruas, segundo as autoridades, devido à sua relação com o tráfico de drogas e o crime transnacional.
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