Giro de notícias de licenciamento no Chile: US$ 440 milhões em projetos híbridos de energia solar fotovoltaica e armazenamento

O desenvolvedor chileno oEnergy apresentou um projeto de energia solar fotovoltaica e armazenamento de US$ 66 milhões para análise ambiental.

A usina proposta, planejada para a região de Maule, no centro-sul do país, terá capacidade instalada de 24 MW e um sistema de baterias com duração de oito horas formado por 66 unidades de contêineres.

O trabalho no projeto, apelidado de Cormorán, está marcado para começar no início de 2025, de acordo com documentos apresentados para a agência de análise ambiental SEA.

A empresa, originalmente formada para oferecer soluções completas para o segmento de geração distribuída, cita um “excelente recurso solar” na zona-alvo e disponibilidade da infraestrutura de rede. Uma linha de transmissão de 1,54 km está prevista.

LEIA TAMBÉM: As prioridades da crescente indústria de armazenamento de energia do Chile

Enquanto isso, um projeto de armazenamento solar fotovoltaico de US$ 372 milhões apresentado pela FRV Services Chile, uma unidade da desenvolvedora espanhola de renováveis FRV, foi aceito de novo para revisão.

A SEA havia encerrado antecipadamente a avaliação do projeto de 458 MW no ano passado, alegando falta de informações.

A empresa pretende construir a usina – Llanos de Marañón – na região do Atacama. A capacidade de produção da instalação planejada de armazenamento em baterias é de 480 MWh. Uma linha de transmissão de 24,5 km também está planejada.

As obras devem começar no início de 2024, de acordo com os documentos do projeto.

PIPELINE DE PROJETOS DE ARMAZENAMENTO DO CHILE

De acordo com um relatório de janeiro da Acera, câmara chilena de energia renovável e armazenamento, 113 MW em capacidade de energia solar fotovoltaica e armazenamento em baterias estão em fase de testes. Além disso, 150 MW (solar-bateria) estão em construção, 939 MW (919 MW de solar-bateria e 20 MW de eólica-bateria) contam com licença ambiental e 2,14 GW (1,85 GW de solar-bateria e 291 MW de eólica-bateria) estão em fase de avaliação ambiental.

Em termos de armazenamento de energia autônomo, são 64 MW (bateria) em operação, 60 MW (bateria) em construção, 218 MW (168 MW de bateria e 50 MW de ar líquido) com aprovação ambiental e 617 MW (57 MW de solar-bateria e 560 MW de sal fundido) em fase de revisão ambiental.

O projeto de ar líquido foi proposto pela Highview Enlasa e a iniciativa de sal fundido é da AES Andes, como parte da política da empresa de descontinuar a geração a carvão. Os dois projetos de armazenamento seriam os primeiros do tipo no Chile

Em um contexto de congestionamento e restrições de transmissão em algumas partes do país, o interesse pelo armazenamento de energia está crescendo, à medida que o mercado se concentra em formas de injetar energia de fontes renováveis durante os períodos da tarde e noite, quando a geração de energia limpa cai, a pressão de transmissão diminui e os custos marginais sobem.

Um projeto de lei de armazenamento de energia e eletromobilidade do governo foi promulgado no ano passado. A legislação secundária para reger sua implementação, por sua vez, enviando sinais para os investidores, deverá ser publicada até o final de novembro. Espera-se que a lei ajude a estimular o investimento em armazenamento autônomo – ou seja, unidades de armazenamento que não são incorporadas a um complexo de produção de energia –, permitindo que os proprietários sejam remunerados por injeção e capacidade.

LEIA TAMBÉM: A iniciativa da geradora chilena Colbún por energias renováveis e hidrogênio verde