Google inicia instalação do cabo submarino Firmina no Brasil

O Google iniciou a implantação e atracação do cabo submarino Firmina na estação de aterrissagem brasileira do sistema, localizada na cidade de Praia Grande.

As obras tiveram início no dia 17 de novembro e têm duração prevista de 10 dias, dependendo das condições climáticas, segundo informações fornecidas pelo Município de Praia Grande.

A instalação será realizada por seis embarcações, além de mergulhadores, máquinas e operários em terra, na faixa de areia, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades municipais.

“Podemos confirmar que os prestadores de serviço do Google – responsáveis pela instalação do cabo Firmina – estão trabalhando na Praia Grande, nas operações de implantação do cabo no fundo do mar e nas praias”, declarou o Google por meio de comunicado à BNamericas.

“Este trabalho está programado para ocorrer em novembro de 2023. O cabo submarino Firmina, cujo nome é uma homenagem à abolicionista brasileira Maria Firmina dos Reis, junta-se a outros três investimentos significativos em cabos na América Latina – Monet, Tannat e Curie – que, juntos, trazem conectividade mais confiável para a região”, acrescentou a empresa.

O Firmina percorrerá 14 mil km, conectando Myrtle Beach (EUA) a Las Toninas (Argentina), com pontos de aterrissagem no Brasil (Praia Grande) e no Uruguai (Punta del Este).

Conforme relatado pela BNamericas, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), concedeu ao Google uma licença ambiental relacionada ao manuseio de combustível na estação de desembarque da Praia Grande, em agosto.

“Esta licença ambiental está relacionada à operação do Equipamento de Alimentação de Energia (PFE) de nossos cabos submarinos. A licença é exigida para o manejo responsável do óleo diesel usado nos geradores da unidade”, confirmou o Google à BNamericas, na ocasião.

A empresa também obteve duas licenças importantes do Ibama relacionadas ao projeto.

Em janeiro, a empresa recebeu pela primeira vez uma licença ambiental preliminar para o Firmina, concedida pelo Ibama, de acordo com o banco de dados do órgão fiscalizador. Essa licença é válida até 24 de janeiro de 2025, apurou a BNamericas.

A segunda licença obtida foi para a instalação, em 26 de abril, e é válida até abril de 2027.

Uma terceira e fundamental autorização ainda está pendente: a licença de operação, que normalmente tem validade de 10 anos.

O Google possui licença de operação para outros dois cabos submarinos ativos no Brasil: o cabo Junior (com validade até abril de 2028), que conecta as costas de São Paulo e do Rio de Janeiro, e o cabo Tannat (com validade até maio de 2028), que liga Brasil, Uruguai e Argentina.

O Tannat é uma parceria entre Telxius, Google e a estatal uruguaia Antel.

A Telxius anunciou que fez parceria com o Google, para o cabo Firmina, com o objetivo de oferecer rotas redundantes aos clientes dos sistemas submarinos de ambas as empresas.

O Google pretende ativar o Firmina nos próximos meses.