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Governo peruano sobreviverá ao último escândalo político

Bnamericas

O último escândalo político no Peru conseguiu abalar o governo, mas não implicará a saída da presidente Dina Boluarte.

A polícia fez operações na residência de Boluarte, após ela não ter conseguido rebater as acusações de corrupção que surgiram em um popular podcast que analisou fotos que a mostravam usando relógios de luxo cujo valor ultrapassa o seu salário, informou a mídia local.

O incidente ocorre em meio a uma reforma do gabinete que afetou seis ministérios, incluindo Comércio Exterior, Interior e Produção, e gerou propostas para negar, na quarta-feira, o voto de confiança ao primeiro-ministro Gustavo Adriazén, que assumiu o cargo um mês atrás.

Embora as acusações de enriquecimento ilícito tenham levado a apelos pela renúncia de Boluarte e Adriazén, a relação deste último com legisladores de centro e de direita provavelmente será suficiente para obter os 66 votos de que necessita para permanecer no cargo.

“O Executivo tem feito gestos e concessões junto ao Congresso diante do voto de confiança. Não creio que seja do interesse deles desencadear um período de maior instabilidade neste momento”, disse à BNamericas José Carlos Requena, analista político e sócio da consultoria Público.

Os partidos de direita Fuerza Popular, Renovación Popular, Avanza País e os seus aliados – que têm sido muito mais favoráveis à administração Boluarte – detêm 68 dos 130 assentos no Congresso.

REJEIÇÃO

A rejeição dos cidadãos à Boluarte e ao Congresso atingiu recordes de 88% e 85%, segundo a pesquisa de março realizada pela consultoria Ipsos. Ainda assim, é provável que o governo termine o seu mandato em 2026, embora enfrente fortes pressões para melhorar a gestão e ganhar maior credibilidade.

“É estranho que apesar de ter uma crise total de Gabinete [com o anterior primeiro-ministro] Otárola, o atual presidente do Conselho de Ministros tenha proposto, ou tenha sido forçado a aceitar, a permanência de todos os ministros anteriores, o que significa a ratificação de políticas públicas que não produziram resultados satisfatórios. E isso foi refletido nos baixos resultados na segurança dos cidadãos, na saúde pública e na economia popular", segundo um comunicado assinado por militantes do partido de esquerda Aprista Peruano, sugerindo que a sorte ainda pode mudar.

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