Honduras busca financiamento para projetos de corredores secos

O governo de Honduras está em busca de financiamento para construir e melhorar a infraestrutura que permitirá que o país intensifique o comércio local, além de competir com o Canal do Panamá.

O secretário da presidência, Rodolfo Pastor de María y Campos, disse esta semana que o país precisa de investimentos em projetos de corredores secos, e que um deles havia sido parcialmente inaugurado no ano passado.

“Precisamos definir metas maiores para a conexão entre o Porto de Cortés e San Lorenzo, no sul. Por isso, qualquer plano de desenvolvimento abrangente para o país deve priorizar a melhoria da infraestrutura e investimentos em um corredor seco”, afirmou ele ao jornal La Tribuna.

Em janeiro do ano passado, um corredor seco de US$ 264 milhões foi aberto pelo governo do presidente Juan Orlando Hernández. A iniciativa incluiu obras de 330 km de rodovias para ligar as costas do Pacífico e do Atlântico do país e foi financiada pelo Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE).

A rodovia de quatro pistas facilita o transporte de carga de uma extremidade à outra em menos de cinco horas. No entanto, o empreendimento também envolvia a expansão do Porto de Ampala, na costa do Pacífico, para permitir a atracação de grandes navios cargueiros, mas essa expansão não ocorreu devido à falta de recursos.

Pastor de María acrescentou que investidores dos Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul, China e Índia manifestaram interesse em projetos associados, como a expansão de portos no sul e no norte de Honduras, o que estimularia as exportações.

Dois outros projetos que chamaram a atenção de investidores preveem a construção de uma ferrovia e várias barragens, que custariam juntas cerca de US$ 30 bilhões.

Segundo o ex-ministro do Desenvolvimento Econômico, Pedro Barquero, investidores italianos manifestaram interesse em um projeto ferroviário há tempos cobiçado, que iria do Porto de Cortés ao Golfo de Fonseca, um plano que foi sugerido pela primeira vez há mais de um século.

Foto: Projeto de corredor seco (Fonte: BCIE).