Horizonte Minerals busca licença para projeto brasileiro de níquel e cobalto de US$ 650 mi

A Horizonte Minerals, com sede em Londres, apresentou às autoridades do estado do Pará a documentação necessária para processar um pedido de permissão para sua mina de níquel e cobalto Vermelho.

A empresa encaminhou o estudo de impacto ambiental e social (EIA) e o relatório de impacto ambiental associado (RIMA) à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), informou a empresa em nota.

A Horizonte espera a aprovação do EIA e do RIMA no meio de 2024, o que permitiria receber a licença prévia do projeto.

“A concessão da LP [licença prévia] é a primeira parte de um processo de licenciamento ambiental em três etapas para o desenvolvimento de uma mina no Brasil. Com a concessão da LP, a Semas confirma que o projeto é aceitável do ponto de vista ambiental e social”, explicou a empresa.

A Horizonte concordou em adquirir o projeto Vermelho da gigante mineradora brasileira Vale em dezembro de 2017. Também contratou a Wood Plc no ano passado para realizar o estudo de viabilidade da iniciativa.  

De acordo com o banco de dados da BNamericas, Vermelho tem um capex de US$ 652 milhões, uma mina com vida útil de 38 anos e capacidade de produção projetada de 1.250 toneladas de cobalto e 25.000 toneladas de níquel por ano.

PROJETO ARAGUAIA

Enquanto isso, a Horizonte informou que seu projeto de níquel Araguaia, também em desenvolvimento no estado do Pará, deve entrar em produção no início de 2024.

“Estamos satisfeitos com o bom progresso na construção do Araguaia, que permanece dentro do orçamento e do cronograma para produzir o primeiro níquel no primeiro trimestre de 2024”, disse Jeremy Martin, CEO da Horizonte Minerals.

O Araguaia está dividido em duas fases, a primeira com capex projetado de US$ 537 milhões e a segunda com capex de US$ 200 milhões, de acordo com o banco de dados da BNamericas.