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IHS Towers avalia redes de fibra neutra na Colômbia e Peru

Bnamericas Publicado: quinta-feira, 20 outubro, 2022
IHS Towers avalia redes de fibra neutra na Colômbia e Peru

A IHS Towers está pensando em expandir o modelo de rede de fibra neutra que desenvolveu no Brasil com a TIM para outros mercados onde opera com torres e infraestrutura de telecomunicações relacionada, disse Farès Nassar, CEO da IHS para a América Latina, a repórteres, durante a conferência Futurecom em São Paulo.

Nassar citou Colômbia, Peru e Nigéria como exemplos de países onde o modelo brasileiro poderia ser reproduzido.

“Atualmente, estamos analisando todos esses mercados para replicar o formato brasileiro”, disse Nassar em resposta a uma pergunta da BNamericas.

Na Colômbia, a Telefónica opera desde janeiro deste ano a On Net Fibra, uma joint-venture de fibra neutra com o fundo norte-americano KKR. Outros anfitriões neutros que operam no mercado colombiano incluem Ufinet e ETB, que assinaram com a Tigo Colombia da Millicom há três meses.

“O Brasil já tem uma penetração muito maior do que muitos desses países da região. Portanto, ainda há muitas oportunidades para construir primeiro e se preocupar com a concorrência depois”, acrescentou o CEO.

No Brasil, espera-se que a joint-ventutre I-Systems com a TIM anuncie em breve contratos com ISPs e provedores regionais para o uso da rede de fibra.

Das três redes nacionais de fibra neutra que têm telcos como parceiras e locatárias âncora, a I-Systems continua sendo a única que não anunciou nenhum cliente.

“Estamos caminhando com cuidado. Queremos ter certeza de que toda a infraestrutura de conectividade, todo o software de cobrança, tudo isso está em ordem antes de anunciar [clientes]. Porque entre anunciar um cliente e colocá-lo em funcionamento, queremos que passem dias, não semanas e meses”, disse Nassar em resposta a outra pergunta da BNamericas.

A I-Systems tem 7 milhões de casas passadas com banda larga fixa até o momento, a maior parte para seu locatário âncora TIM. Cerca de 2,8 milhões dessa base correspondem ainda a cobre e os restantes 4,3 milhões a fibra. O objetivo é converter tudo em fibra ao longo do tempo, enquanto implanta o novo FTTH.

Além disso, segundo Nassar, cerca de 300 torres da TIM estão conectadas por fibra. A própria IHS Towers possui cerca de 7 mil torres no Brasil.

Comentando a concorrência com outras redes neutras, Nassar estima que levaria de 2 a 3 anos para cobrir todos os 15 a 20 milhões de casas ainda não cobertas com banda larga de fibra no Brasil.

“Até então, o que provavelmente acontecerá é alguma consolidação, competição intensa... movimentos normais de mercado”, disse ele.

A I-Systems vem se expandindo a um ritmo de 120 mil casas passadas por mês. Isso se compara, por exemplo, com cerca de 500 mil casas passadas por mês pela rival V.tal, que já anunciou contratos com mais de 50 ISPs para uso de sua rede.

“Nossa meta [de casas passadas] para o ano é grande, mas vai depender muito dos novos clientes que ainda não anunciamos. Porque esses novos clientes vão nos pedir por áreas em que ainda não estamos”, disse ele.

Questionado pela BNamericas sobre aquisições de fibra, Nasser disse que a empresa com sede em Londres está avaliando diferentes redes de acesso disponíveis no mercado para potenciais M&As. Ele deu a entender que os acordos de confidencialidade já foram assinados com um punhado de empresas.

Entre os ativos que podem estar em disputa no Brasil, a EB Capital está procurando um comprador para seu negócio de fibra Alloha Fibra, enquanto a Petrobras anunciou a venda de suas redes de fibra terrestres.

DATACENTERS DE BORDA

Além de torres, small cells, infraestrutura sem fio e fibra, a IHS está analisando datacenters de borda, disse Nassar.

A estratégia, que pode envolver um mix de aquisições e projetos greenfield, seria integrar esses sites ao ecossistema de fibra e torres em determinadas regiões metropolitanas do Brasil, disse ele.

Nassar acrescentou que a IHS está analisando os conjuntos de torres móveis que pertenciam à Oi e que agora, por exigência da fiscalização antitruste, devem ser disponibilizados ao mercado pelas três empresas de comunicação que adquiriram as operações móveis da Oi.

MERCADO

A IHS entrou na América Latina em fevereiro de 2020, após a aquisição da Cell Site Solutions (CSS), com sede em São Paulo, que tinha operações no Brasil, Colômbia e Peru.

Em 2021, a IHS Towers adquiriu a Skysites Holdings, com foco no Brasil, e a Centennial Towers, que tem operações no Brasil e na Colômbia.

No primeiro trimestre deste ano, a empresa fechou sua última M&A, adicionando 2.115 torres do portfólio SP5 da GTS do Brasil.

Incluindo 5.691 torres adquiridas recentemente na África do Sul, a IHS encerrou junho com 39.052 torres em 11 países, acima das 30.207 do ano anterior, o que a torna a terceira maior empresa multinacional independente de torres, medida por sites, depois da American Tower e Cellnex.

Destes, 7.139 estavam na América Latina, ante 4.629 em junho de 2021. Seu segundo mercado global depois da Nigéria, o Brasil lidera a região com 6.859 sites, enquanto outros 228 estavam na Colômbia e 52 no Peru.

Os principais clientes regionais do grupo são as quatro maiores operadoras do Brasil – Telefônica, Claro, TIM e Oi –, as colombianas Tigo, Claro e Avantel, e Entel e Bitel do Peru.

O grupo espera terminar 2022 com 400 novos sites implantados em toda a região.

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